quarta-feira, 24 de março de 2010

The Known Universe

Esse video mostra para nós como o Universo é grande e sempre expandindo seus horizontes, há muita coisa para nós humanos que ainda não conhecemos, mas um dia provavelmente vamos conhece.


History Channel - O Universo: Mistérios Inexplicáveis

1º Parte:



2º Parte:


3º Parte:


4º Parte:


5º Parte:

History Channel - O Universo: Buracos Cósmicos

1º Parte:



2º Parte:


3º Parte:


4º Parte:

sexta-feira, 19 de março de 2010

Caso Antonio Vilas Boas

Na tarde de 22 de fevereiro de 1958, Antônio Villas Boas prestou o seguinte depoimento, na cidade do Rio de Janeiro, no consultório médico do Dr. Fontes e na presença do jornalista João Martins, testemunha. Eis a transcrição: "Meu nome é Antônio Villas Boas, tenho 23 anos, sou agricultor, vivo com a minha família numa fazenda, de nossa propriedade, situada nas imediações da cidade de São Francisco de Sales, Estado de Minas Gerais, perto dos limites do Estado de São Paulo. Tenho dois irmãos e três irmãs, todos eles morando na vizinhança; outros dois irmãos meus já faleceram. Todos os homens da família trabalham na fazenda, cujas terras abrangem campos extensos e muitas plantações a serem cuidadas. Para lavrar a terra, temos um trator com motor a gasolina, marca Internacional, com o qual trabalhamos em duas turmas, uma diurna, outra noturna, na época do plantio. De dia, trabalham os trabalhadores rurais, nossos empregados, de noite, eu costumo trabalhar sozinho ou, às vezes, junto com meus irmãos. Sou solteiro, tenho boa saúde , trabalho duro, faço curso por correspondência e estudo, sempre que posso. Para mim foi um sacrifício viajar até o Rio, pois estão precisando de mim, lá na fazenda.

No entanto, considerei meu dever relatar os acontecimentos extraordinários nos quais fui envolvido. Farei de bom grado tudo quanto os senhores acharem que devo fazer e também prontifico-me a depor perante autoridades civis e militares.

Uma Luz Forte

Tudo começou na noite de 5 de outubro de 1957. Naquela noite, tivemos visita, razão pela qual fomos dormir somente lá pelas 23 h, bem depois da hora de costume. Eu estava no meu quarto, em companhia do meu irmão João. Fazia bastante calor naquela noite e, por isso, abria a janela, que dá para o terreiro, quando lá vi uma luz brilhante, que iluminava todo o ambiente. Era uma luz bem mais clara do que aquela do luar e não consegui saber de sua procedência. Mas, evidentemente, deveria ser refletida de lá, bem em cima, pois me deu a impressão de holofotes dirigidos para baixo e iluminado a nossa fazenda toda. Porém, lá no céu, eu não pude distinguir coisa alguma. Chamei por meu irmão, para ele também ver aquela luz, mas, recatado e comodista como ele só, não se incomodou e achou melhor dormimos. Em seguida, fechei as venezianas e ambos fomos dormir. No entanto, aquela luz não me saía da cabeça e nem me deixava pregar os olhos de modo que, sentindo uma curiosidade imensa, tornei a levantar-me e a abrir as venezianas, para ver o que se passava lá fora. A luz continuava inalterada, no seu lugar. Fiquei de olhar fixo naquela luz quando, de repente, se deslocou para perto da minha janela. Assustado, bati as venezianas, com tamanho barulho que acordei meu irmão que entrementes tinha adormecido. Dentro do quarto escuro, ele e eu acompanhamos a luz que entrava pelas venezianas; passou em direção ao telhado, de onde penetrou, então, pelas frestas entre as telhas. Por fim, a luz desapareceu e não voltou mais.

Uma Tentativa de Caça ao Objeto

A 14 de outubro houve o segundo incidente. Deve ter ocorrido lá pelas 21h e 30 m e 22h, não posso precisar a hora exata, pois não tinha relógio comigo. Trabalhei com o trator, em companhia de um outro dos meus irmãos. De repente, avistamos uma luz muito clara, penetrante, a ponto de doer a vista. Quando a vimos, pela primeira vez, despontou grande e redonda, como uma roda de carroça, na ponta norte do campo, cuja terra lavramos, era de um vermelho-claro e iluminou uma grande área. Distinguimos alguma coisa dentro da luz, ela deslocou-se , repentina e ultravelozmente, para a ponta sul do campo, onde ficou novamente parada. Corri atrás da luz, que então , tornou a voltar para onde estava antes. Tornei a correr atrás, mas ela fugiu de mim. Então, desisti de pegá-la e voltei para junto do meu irmão. Por uns poucos minutos a luz ficou imóvel, à distância, ela parecia emitir raios intermitentes, em todas as direções, que me fizeram pensar nos raios do sol poente. Em seguida, desapareceu tão repentinamente que tive a impressão de ter sido apagada. No entanto, não tenho certeza absoluta dessas coisas, realmente, se terem passado dessa maneira, pois não sei mais se, por aquele tempo todo, olhei em direção da luz. Talvez tenha desviado o olhar por algum instante, quando, então, poderia ter subido de repente e, quando tornei a olhá-la, já não estava mais lá, tinha sumido.

O Contato

No dia seguinte, 15 de outubro, trabalhei sozinho com o trator. Foi uma noite fria e o céu noturno, claro, estava salpicado de estrelas. Precisamente à 1 h vi uma estrela vermelha, de aparência igual à de uma daquelas grandes estrelas bem claras. No entanto, percebi logo que não se tratava de uma estrela, pois aumentou progressivamente de tamanho e parecia aproximar-se de mim. Dentro de alguns instantes, ficou um objeto brilhante, da forma de um ovo e com velocidade incrível. A sua aproximação era tão veloz que já estava sobre o trator, antes que eu pudesse pensar o que deveria fazer. De repente, o objeto ficou parado e desceu até uns 50 m acima da minha cabeça. O trator e o campo ficaram iluminados, como mergulhados em plena luz do dia. A luz dos faróis do meu trator ficou completamente ofuscada por aquele brilho penetrante, vermelho-claro. Senti um medo horrível, pois não podia fazer idéia do que aquilo seria. Eu queria fugir com o trator, mas, em comparação com a velocidade daquele objeto, a sua marcha era lenta demais e foram inúteis todos os meus esforços para acelerá-lo. Outrossim, pular do trator e tratar de fugir a pé, correndo na terra recém-lavrada, tampouco me teria adiantado qualquer coisa; ademais, desse jeito, eu me teria arriscado a fraturar a perna. Enquanto eu fiquei lá, uns dois minutos, hesitante, sem saber o que fazer, a luz tornou a deslocar-se e parou a uns 10 a 15 m à frente do meu trator, para, então, lentamente, pousar no solo.

Descrição do OVNI  - Aproximou-se de mim, mais e mais, até quando pude distinguir que se tratava de uma máquina fora do comum, quase redonda, com pequenas luzes vermelhas dispostas em toda a circunferência. À minha frente, havia um enorme farol vermelho, que ofuscou minha vista, quando o objeto desceu lá de cima. Agora distinguia nitidamente os contornos da máquina; ela era parecida com um ovo alongado, apresentando três picos, um no meio e um de cada lado. Eram picos metálicos, de ponta fina e base larga; não pude distinguir a sua cor, por causa da forte luz vermelha, na qual estavam mergulhados. Em cima havia algo rotando à alta velocidade, que, por sua vez, emitia luz vermelha, fluorescente. No instante em que a máquina desacelerou, para pousar, as rotações da peça giratória diminuíram e a luz mudou - assim me parecia - para o verde. Naquele momento, a peça giratória era como um prato ou uma cúpula achatada. Aliás, aquela peça giratória jamais parou, por um segundo sequer, mantendo-se em rotação permanente, mesmo depois do objeto voador encontrar-se no solo. A maioria desses detalhes só notei um pouco mais tarde porque, logo de início, fiquei nervoso demais para percebê-los. E quando, a alguns metros acima do solo, a parte de baixo do objeto se abriu e dele saíram três suportes metálicos, perdi os últimos resquícios do meu autocontrole. Evidentemente, estava descendo o "trem de pouso". Mas eu não estava disposto a esperar tanto.

Tentativa de Fuga

Durante esse tempo todo, o trator estava de motor ligado e, então, pus pé no acelerador, desviei-o do objeto voador e tentei escapar, quando após avançar por alguns metros, o motor parou e os faróis apagaram. Eu não sabia por que, pois o motor estava ligado e os faróis estavam acesos. Dei partida, mas o motor não pegou. Em vista disso, pulei do trator, detrás do objeto e corri. Porém, logo mais, um minúsculo ser estranho, que mal chegava a altura dos meus ombros, pegou no meu braço.


O Seqüestro - Desesperado, apliquei-lhe um golpe, que o fez perder equilíbrio, largar o meu braço e cair para trás. Novamente, tentei correr, quando, instantaneamente, três outros seres alienígenas pegaram-me por trás e pelos lados, segurando meus braços e minhas pernas e levantando-me do solo, sem que eu pudesse esboçar sequer o menor gesto. Tentei livrar-me deles, mas me seguraram firme. Gritei por socorro, maldisse-os e exigi que me soltassem. Meus seqüestradores devem ter ficado espantados ou curiosos com aqueles meus gritos, pois, enquanto me levavam para o objeto voador, toda vez que abria a boca, me olhavam na cara, sem, no entanto, afrouxar, no mínimo, a garra com que me prendiam. Tirei esta conclusão da sua atitude comigo e, com isso, fiquei um pouco aliviado. Carregaram-me até a máquina, que estava pousada a uns 10 m acima do solo, sobre os suportes metálicos já descritos. Na parte traseira do objeto voador havia uma porta, que se abria de cima para baixo e, assim, serviu de rampa. Na sua ponta estava uma escada de metal, do mesmo metal prateado das paredes e que descia ao solo. Os meus seqüestradores alienígenas tiveram dificuldades em me fazer subir aquela escada, que só dava para duas pessoas, uma ao lado da outra e, além do mais, não era estável, balançando fortemente, com cada uma das minhas tentativas de livrar-me dos meus raptores. De cada lado havia um corrimão, da espessura de um cabo de vassoura, no qual me agarrei, para não ser levado para cima, o que fez com que eles tivessem de parar, a fim de tirar as minhas mãos daquela peça. No entanto, também o corrimão era móvel e quando, depois, desci por aquela escada, eu tive a impressão de ser de elos de corrente.

A Espaçonave

Por fim, me deixaram em um pequeno recinto quadrado. A luz brilhante do teto metálico refletia-se nas paredes, de metal polido; era emitida por numerosas lâmpadas quadradas, embutidas debaixo do teto, ao redor da sala. Deixaram-me em pé, no chão. A porta de entrada, junto com a escada recolhida, levantou-se e fechou. O recinto estava iluminado como se fosse pela luz do dia, mas, mesmo nessa luz brilhante, não se percebia o lugar da porta que, depois de fechada, ficou totalmente integrada à parede; somente a escada metálica indicava o lugar, onde ela deveria achar-se. Um dos cinco seres presentes apontou com a mão para uma porta aberta e me fez compreender que eu deveria segui-lo para aquele recinto contíguo. Obedeci, já que não havia outro jeito. Prosseguimos, então, para aquele recinto, que era maior do que o outro e semi-oval. Lá, as paredes brilhavam como as da sala anterior. Creio que me encontrava bem no setor central da máquina, pois no meio havia uma coluna redonda, aparentemente maciça, cujo diâmetro diminuía no seu meio. Dificilmente aquela coluna estaria ali apenas a título de enfeite. A meu ver, ela suportava o teto. Os únicos móveis existentes eram uma mesa, de desenho esquisito, e várias cadeiras giratórias, parecidas com as nossas cadeiras de balcão de bar. Todos os objetos eram de metal. A mesa e as cadeiras tinham um só pé, no centro, que, na mesa, era firmemente fincado na base, nas cadeiras, o pé era ligado a três reforços laterais salientes, por um anel móvel e embutido no piso. Assim, as cadeiras tinham movimento livre, para todos os lados.

Os Exames

Os seres alienígenas continuaram a segurar-me e, evidentemente, conversavam a meu respeito. Quando digo "conversaram" é bom frisar que aquilo que ouvi não teve sequer a menor semelhança com sons humanos. Tampouco, posso imitar a sua fala. De repente, pareciam ter chegado à uma decisão. Todos os cinco, juntos, começaram a despir-me. Eu me defendi o melhor que pude, gritei, xinguei. Eles pararam, me olharam e tentaram fazer-me compreender que queriam passar por gente educada. No entanto, mesmo assim, continuaram a despir-me, até que fiquei completamente nu, não obstante os meus protestos violentos, debatendo-me fortemente durante todo aquele processo, não chegaram a machucar-me, nem a rasgar qualquer peça de minha roupa. Por fim, lá estava eu, completamente pelado e com um medo horrível, pois não sabia o que fariam em seguida. Um dos meus seqüestradores aproximou-se de mim, segurando algo na mão que me parecia uma espécie de esponja, com a qual passou um liquido em todo meu corpo. Era uma esponja bem macia, não uma daquelas esponjas comuns, e o líquido bem claro e inodoro, porém mais viscoso que água. Primeiro, pensei que fosse um óleo, mas não pode ter sido, porque minha pele não ficou oleosa, nem gordurosa; quando passaram aquele líquido no meu corpo, senti um frio intenso, pois, no interior da máquina a temperatura era bastante baixa. Sofri por ficar despido, mas sofri ainda mais, depois de me terem passado aquele liquido e tremi como varas verdes, de tanto frio que senti. No entanto, o liquido secou logo e, pouco mais tarde, já não senti mais nada...

"...Então, três dos seqüestradores levaram-me para a porta, do lado oposto daquela pela qual entrei. Um deles tocou em algo, bem no centro da porta que, em seguida, se abriu para os dois lados, como uma porta de encaixar, de bar, feita de uma só folha, do piso ao teto. Em cima, havia uma espécie de inscrição com letreiros luminosos, vermelhos; os efeitos de luz deixaram aqueles letreiros salientes, destacados da porta em 1 ou 2cm. Eram totalmente diferentes de quaisquer dos símbolos ou caracteres que eu conheço. Procurei gravá-los em minha memória, mas, entremente, já os esqueci. Em companhia de dois dos seres alienígenas, ingressei em uma pequena sala quadrada, iluminada como os demais recintos; a porta fechou-se atrás de mim. Quando olhei para lá, nada havia de porta, somente uma parede, igual às outras. De repente, a parede tornou a abrir-se e, pela porta, entraram mais dois seres; levavam nas mãos dois tubos de borracha, vermelha, bastante grossos, cada um medindo mais de um metro. Um dos tubos estava ligado por uma de suas pontas a um recipiente de vidro, em forma de taça; na outra ponta havia uma peça de embocadura, parecida com uma ventosa, que colocaram sobre a minha pele, debaixo do queixo, lá onde ainda tenho uma mancha escura, que ficou como cicatriz.

Sangria 

Antes do alienígena iniciar a sua operação, ele comprimiu o tubo de borracha fortemente com a mão, como se dele quisesse expelir todo o ar. Logo de começo, não senti nem dores, nem comichão, mas notei apenas que minha pele estava sendo sugada; em seguida, senti que ela ardia e tive vontade de coçar-me; enfim, descobri que a pele ficou machucada, ferida. Depois de me terem colocado o tubo de borracha, vi como a taça se encheu, lentamente, do meu sangue, até a metade. Aí, então, pararam; retiraram o tubo de borracha e substituíram-no pelo outro. Sofri nova sangria; desta vez, no outro lado do queixo. Ali, os senhores podem verificar uma mancha escura, igual à que já lhes mostrei. Daquela vez, a taça ficou cheia, até a borda. Terminada a sangria, os homens retiraram o tubo de borracha e também nesse lugar a minha pele ficou ferida, ardendo e me deixando com coceira.

Mau cheiro e enjôo 

Depois disso, eles saíram, fecharam a porta atrás de si e eu fiquei sozinho naquela sala. Por um bom tempo, ninguém se preocupou comigo e fiquei só, por mais de meia hora. Naquela sala não havia móveis, além de uma espécie de cama, sem cabeceira, nem moldura. Como aquela cama era curva, saliente para cima, bem no meio, não era muito cômoda, mas, pelo menos, era macia, como se fosse de espuma e coberta de uma fazenda grossa, cinzenta, também macia. Depois de tudo pelo que passei, me senti cansado, sentei-me naquela cama. No mesmo instante, senti um cheiro forte, estranho, que me causou náuseas; tive a impressão de inalar uma fumaça grossa, cortante, que me deixou quase asfixiado. Talvez fosse isto mesmo, pois, quando examinei a parede, pela primeira vez, notei uma quantidade de pequenos tubos metálicos, fechados em uma das pontas, embutidos na parede, à altura da minha cabeça. Semelhantes a um chuveiro, apresentavam múltiplos furinhos, pelos quais saiu uma fumaça cinzenta, que se dissolveu no ar. Daí, o cheiro. Senti-me bastante mal e fiquei com ânsias de vômito, fui para um canto da sala e vomitei. Em seguida, pude respirar sem dificuldades, porém, continuei a sentir-me mal com aquele cheiro. Fiquei bastante deprimido. O que será que eles pretendiam comigo? Até àquela hora não fiz a menor idéia de como seria a aparência daqueles alienígenas.

Os Seres  - Os cinco usavam macacões bem colantes, de uma fazenda bem grossa, cinzenta, muito macia e, em alguns pontos, colada com tiras pretas. Cobrindo a cabeça e o pescoço, usavam um capacete da mesma cor, mas de material mais consistente e reforçado atrás, com estreitas tiras de metal. Este capacete cobria a cabeça toda, deixando à mostra somente os olhos, que pude distinguir através de algo parecido com um par de óculos redondos. Os homens estranhos fixaram-me com seus olhos claros, que me pareciam de cor azul. Acima dos olhos, o capacete tinha duas vezes a altura de uma testa normal. Provavelmente, sobre a cabeça, debaixo do capacete, usavam mais alguma coisa, invisível de fora. A partir do meio da cabeça, descendo pelas costas e entrando no macacão, à altura das costelas, notei três tubos redondos, de prata, dos quais não sei dizer se eram de borracha ou metal. O tubo central descia pela coluna vertebral à esquerda e à direita desciam os dois outros tubos, até uns 10 cm debaixo das axilas. Não vi nenhuma depressão ou protuberância, que indicasse uma ligação entre esses tubos e um recipiente ou instrumento, escondido debaixo do macacão. As mangas do macacão eram estreitas e compridas; os punhos continuavam em luvas grossas. Percebi como os homens mal conseguiam tocar com as pontas dos dedos a parte interna da mão. Contudo, isto não os impediu de segurar-me com tamanha firmeza e manipular habilmente os tubos de borracha, enquanto me fizeram a sangria. Quanto aos seus macacões, creio que eram uma espécie de uniforme, pois todos os tripulantes usavam um escudo do tamanho de uma rodela de abacaxi.

De lá, uma tira de pano, prateada ou de metal, ligava-se à cinta estreita, sem fivela. Nenhum dos macacões tinha bolsos ou botões. As calças eram compridas e colantes e continuavam numa espécie de sapatos, sem, no entanto, mostrar onde terminava a calça e começava o sapato. Todavia, a sola dos sapatos era de 4 a 7 cm de espessura; era bem diferente da dos nossos sapatos. Nas pontas, os sapatos eram levemente encurvados para cima, mas não como a gente vê nos contos de fadas. Os alienígenas movimentavam-se hábil e rapidamente; só que o macacão parecia interferir um pouco com os movimentos livres do seu corpo, pois eles me impressionaram como figuras um tanto rígidas. Todos eles eram do meu tamanho, menos um, que não chegava nem à altura do meu queixo. Eram fisicamente fortes, mas não a ponto de me meterem medo; lá na minha terra, eu não teria dúvida em brigar com qualquer um deles.

Sexo na Espaçonave  - No meu entender, passou-se uma verdadeira eternidade, quando então um ruído na porta interrompeu minhas meditações. Virei-me para lá e vi uma moça aproximando-se. Lentamente, ela veio ao meu encontro. Estava totalmente nua, descalça - como eu. Fiquei perplexo e, aparentemente, ela achou divertida a expressão do meu rosto. Ela era muito formosa, completamente diferente das outras mulheres que conheço. Seus cabelos eram macios e louros, quase da cor de platina - como esbranquiçados - e lhe caiam na nuca, com as pontas viradas para dentro. Ela usava o cabelo repartido ao meio e tinha grandes olhos azuis, amendoados. O seu nariz era reto. Os ossos da face, muito altos, conferiam às suas feições uma aparência heterogênea, deixando o rosto bem mais largo do que o das índias sul-americanas e, com o queixo pontudo, ele ficava quase triangular. Tinha os lábios finos, pouco perfilados e suas orelhas ( que cheguei a ver mais tarde) eram exatamente como as das nossas mulheres terrestres.

Tinha o corpo mais lindo que já vi em moça alguma, com os seios bem formados, firmes e altos, cintura fina. Os seus quadris eram largos, as coxas compridas, os pés pequenos, as mãos finas e as unhas normais. Era de estatura bem baixa, e a sua cabeça mal chegava aos meus ombros. Essa moça aproximou-se de mim, em silêncio; fitou-me com seus olhos grandes, expressando expectativa, dizendo que estava esperando algo de mim. De repente, ela me abraçou e começou a esfregar o rosto dela contra o meu, enquanto apertava o corpo dela contra o meu. Tinha a pele alvíssima das nossas mulheres louras e os braços cheios de sardas. Senti somente o cheiro de seu corpo, tipicamente feminino, sem nenhum perfume na pele ou nos cabelos. A porta tornou a fechar-se. A sós com aquela moça, que não me deixou a menor duvida quanto a seus desejos, fiquei fortemente excitado. Considerando a situação na qual me encontrava, isto parece um tanto improvável, mas creio que foi por causa do líquido que passaram no meu corpo. Devem tê-lo passado de propósito. Só sei que não consegui mais refrear o meu apetite sexual. Jamais isto me aconteceu. Enfim, acabei não pensando em mais nada, peguei a moça e retribui as suas carícias. Era um ato normal e ela comportou-se como qualquer outra mulher, mesmo após várias repetições do ato. Depois, ela ficou cansada e respirou com dificuldade.

Eu ainda continuei em estado de forte excitação, mas ela recusou o meu amor. Fiquei um tanto zangado, mas não mostrei emoção alguma, pois, apesar de tudo, tive uma experiência bastante agradável. Porém, eu não trocaria uma das nossas moças por ela, porque prefiro uma para conversar e que entenda o que a gente fala. Além disso, o seu grunhido, em dados momentos, deixou-me irritado. Tampouco ela sabia beijar, a não ser que as leves mordidas, no meu queixo, valessem um beijo. Em todo o caso, não tenho certeza de nada disso. Só achei esquisito que os cabelos de suas axilas e "aqueles em outro lugar" fossem da cor de vermelho-sangue. Pouco depois de nossos corpos se terem separado, a porta se abriu e um dos homens alienígenas chamou a moça. Antes de sair da sala, ela virou-se para mim, apontou, primeiro, para a sua barriga, depois, com uma espécie de sorriso, para mim e, por último, para o céu. Depois, ela saiu. Interpretei esse gesto como uma advertência, prenunciando a sua volta, quando então, ela me levaria consigo, para onde quer que fosse. Até hoje estou tremendo de medo, ao pensar que, se retornarem e me seqüestrarem de novo, eu estarei definitivamente perdido. De jeito algum estaria disposto a separar-me da minha família e abandonar a minha terra.

Àquela altura, um dos alienígenas voltou com a minha roupa, que tornei a vestir. Devolveram-me tudo, menos o meu isqueiro que bem poderia ter caído ao chão, durante a luta corporal com os seqüestradores. Voltamos para o outro recinto, onde três dos tripulantes estavam sentados nas cadeiras giratórias, grunhindo um para o outro ( acho que conversavam). Aquele que me veio buscar , juntou-se a eles e me deixou sozinho. Enquanto eles "falavam", procurei gravar na memória todos os detalhes ao meu redor e observar minuciosamente tudo quanto ali se passava. Neste empenho, reparei sobre a mesa, ao lado dos homens, dentro de uma caixa quadrada, com uma tampa de vidro, em um disco, parecido com o mostrador de um despertador; havia um ponteiro e, no lugar dos números 3, 6 e 9, uma marcação negra.

Somente no lugar em que, normalmente, está o numero 12, havia quatro pequenos símbolos negros, um ao lado do outro. Não sei para que serviria isso, mas foi assim que eu o vi. Primeiro, pensei que aquele instrumento fosse uma espécie de relógio, pois, vez ou outra, um dos alienígenas o fitava. No entanto, dificilmente, seria um relógio, pois, durante todo o tempo em que o olhei, os ponteiros permaneceram imóveis, na mesma posição. Aí, então, tive a idéia de pegar naquela coisa e levá-la comigo, a título de prova desta minha aventura. Com aquela caixa, o meu problema teria sido resolvido. Quem sabe, quando os homens notassem o meu interesse por aquele objeto, talvez me dessem de presente. Aproximei-me dele, aos poucos e, quando eles não me olhavam, puxei-o da mesa com as duas mãos. Era pesado, certamente uns 2 kg. Porém, eles não me deram tempo, nem para olhá-lo de perto, pois, com a rapidez de um raio, um dos homens empurrou-me para o lado, tirou a caixa das minhas mãos e, furioso, tornou a colocá-la em seu lugar. Recuei até a parede mais próxima e lá fiquei parado, imóvel. Normalmente, não costumo sentir medo, mas, naquela situação, achei melhor ficar quieto, pois eu já sabia que eles me tratavam bem somente quando o meu comportamento era do agrado deles.

Fiquei parado ali, à espera que as coisas acontecessem. A moça não apareceu mais, nem despida, nem vestida, mas eu descobri onde ela deveria estar. Na parte dianteira do recinto grande havia mais uma porta, um pouco entreaberta e, vez ou outra, dava para ouvir o ruído de passos, que se dirigiam para lá e para cá. Como todos os demais tripulantes estavam naquele recinto grande, os passos que ouvi somente poderiam ter sido os da moça. Suponho que essa parte dianteira se tratava da cabina de navegação da máquina. Enfim, um dos homens alienígenas levantou-se e me fez um sinal para segui-lo. Os demais nem me olharam e, assim, atravessamos a pequena antessala, até a porta de entrada, já aberta e com a escada descida. No entanto, ainda não descemos , mas o homem me fez compreender que eu devia acompanhá-lo até a rampa, que havia em ambos os lados da porta; ela era estreita, mas permitiu dar uma volta completa ao redor da máquina. Primeiro, fomos para a frente e lá vi uma protuberância metálica sobressaindo da máquina; na parte oposta havia essa mesma protuberância. A julgar por sua forma, conclui que talvez fosse o dispositivo de controle para a decolagem e o pouso da máquina. Devo admitir que jamais vi aquele dispositivo em funcionamento, nem quando a máquina levantou vôo, razão pela qual não sei explicar sua função. Em frente, o alienígena apontou para os picos de metal ou, melhor, esporas metálicas, já mencionadas. Todas as três estavam firmemente ligadas à máquina; a do meio, diretamente com a parte dianteira. As três esporas tinham a mesma forma, base larga, diminuindo para uma ponta fina e sobressaindo horizontalmente. Não posso avaliar se eram do mesmo metal da máquina; elas brilhavam como metal incandescente, mas não irradiavam nenhum calor.

Um pouco acima das esporas metálicas estavam luzes vermelhas; as duas laterais eram pequenas e redondas, ao passo que aquela na parte dianteira era enorme. Eram os possantes faróis, que já descrevi. Acima da rampa, a qual, por sua vez, terminava, em frente, com uma grande placa de vidro grosso, que entrava fundo no revestimento de metal, um pouco saliente e diminuindo de espessura, nos lados. Como não havia janelas em parte alguma, julguei que aquela vidraça serviria para, através dela, olhar o mundo lá fora, mesmo que não desse boa visão, pois, visto de fora, o vidro parecia bastante turvo. A meu ver, as esporas metálicas na frente dianteira deveriam estar relacionadas com a força de propulsão, pois, quando a máquina levantou vôo, o seu brilho ficou muito intenso e se confundiu, por completo, com o da luz do farol principal. Após a vistoria da parte frontal da máquina, voltamos para a de trás ( essa parte apresentava curvatura bem mais pronunciada do que a da frente), mas, antes disso, paramos mais uma vez, quando o alienígena apontou para cima, onde estava rotando a imensa cúpula, em forma de prato. Ao rotar lentamente, estava mergulhada numa luz esverdeada, cuja fonte não consegui detectar; simultaneamente, emitia um certo som de assobio, lembrando o ruído de um aspirador ligado ou de ar que entrasse por numerosos pequenos orifícios. Quando, mais tarde, a máquina decolou, as rotações da cúpula aceleraram progressivamente, até desaparecer por completo e, em seu lugar , permanecer tão-somente um brilho de luz vermelho-clara. Ao mesmo tempo, o ruído cresceu para um estrondoso uivar e, com isto, para mim não havia dúvida de que a velocidade da rotação da cúpula determinava o volume do som do ruído.

Depois de me ter mostrado tudo, o alienígena levou-me para a escada metálica e me deu a entender que eu estava livre para sair. Ali estava ele, apontando primeiro, para si próprio, depois, para mim e, finalmente, para o quadrante sul, lá no céu. Em seguida, fez o sinal de recuar e desapareceu no interior da máquina. A escada metálica foi se encurtando, com um degrau empilhando sobre o outro, como em uma pilha de lenha e, ao chegar lá em cima, a porta levantou-se - quando aberta, formava a rampa - até ficar embutida na parede da máquina e tornar-se invisível. As luzes das esporas metálicas do farol principal e da cúpula ficaram progressivamente mais intensas, com o aumento das rotações. Lentamente, a máquina subiu, em linha vertical, recolhendo, ao mesmo tempo, o seu "trem de pouso"; em seguida, a parte de baixo do objeto parecia tão lisa, como se de lá jamais tivesse saído coisa alguma. O objeto voador subiu devagar, até uns 30 a 50 m de altura; lá parou por alguns segundos, enquanto a sua luminosidade se tornou mais intensa. O ruído de uivar tornou-se mais forte, a cúpula começou a girar a uma velocidade enorme, ao passo que a luz mudou, progressivamente, até ficar vermelha-clara. Naquele instante, a máquina inclinou-se, de leve, para o lado, ouviu-se o ruído rítmico, de bater, e, repentinamente, desviou-se para o sul, desaparecendo de vista uns poucos segundos depois..."

A finalidade de tais seqüestros ainda é um grande mistério para ufologia
Voltei, então, para o meu trator. À 1h e 15 m fui levado, contra minha vontade, para o interior da máquina alienígena, de onde saí às 5h e 30 m da madrugada. Portanto, lá me prenderam durante 4 h e 15 m. Bastante tempo. Nada falei dessa minha vivência à ninguém, a não ser à minha mãe, a única pessoa com quem me abri. Ela achou melhor jamais ter contato com gente assim. Não tive coragem de falar coisa alguma ao meu pai. Já lhe havia falado, anteriormente, sobre a luz na cúpula, mas ele não acreditou em minhas palavras e achou que tudo aquilo era pura imaginação minha. Mais tarde, resolvi escrever ao sr. João Martins, contando o que houve; para tanto fui motivado pela leitura do seu artigo publicado em novembro próximo passado, na revista "O Cruzeiro", solicitando para que os leitores lhe enviassem qualquer relato referente a discos voadores. Se eu tivesse dinheiro, já teria viajado para o Rio em data anterior, mas, como não tive, foi preciso aguardar a sua resposta e a oferta de financiar parte das minhas despesas de viagem".

Notas Clínicas e relatório sobre o exame médico , assinado pelo Dr Olavo Fontes:

Dados pessoais: Antônio Vilas Boas, branco, solteiro, fazendeiro, residente em São Francisco de Sales, Minas Gerais.

Ficha Clínica: Conforme o seu depoimento, ele deixou a máquina em 16 de outubro de 1957, às 5 h e 30 m. O seu estado físico era bastante fraqueza, pois nada tinha comido, desde as 21 h da véspera e, enquanto estava na máquina, vomitou diversas vezes. Voltou para casa, exausto e dormiu quase o dia todo. Ao acordar às 16 h e 30 m, sentiu-se bem e tomou uma refeição regular. No entanto, já naquela noite e nas noites seguintes, não conseguia dormir. Ele ficava muito nervoso, fortemente excitado e sempre que conseguia pegar no sono, sonhava com os acontecimentos da noite anterior, como se estivesse revivendo tudo. A essa altura, despertava, com um grito e tinha a sensação de estar, outra vez, preso por seus seqüestradores. Após ter passado repetidamente por aquela experiência, ele desistiu de tentar dormir naquela noite e procurou passá-la, lendo e estudando. No entanto, tampouco logrou realizar este seu intento, pois não conseguia concentrar-se naquilo que estava lendo; seus pensamentos sempre voltavam e giravam em torno dos acontecimentos daquela noite fatídica. Ao raiar o dia, ele estava completamente confuso, correndo de um lado para o outro, fumando um cigarro após o outro. Sentiu-se cansado, exausto. Teve vontade de comer alguma coisa, mas acabou tomando somente um cafezinho; logo em seguida, sentiu-se mal, vomitou; a ânsia de vômitos e as fortes dores de cabeça continuaram durante todo o dia. Como ele estava absolutamente sem apetite, rejeitou qualquer alimento.

Também a segunda noite, após o incidente, ele a passou em claro e no mesmo estado físico. Ainda sentiu seus olhos arderem, mas as dores de cabeça cederam. No segundo dia, continuou com ânsia de vômitos e sem apetite, porém, não vomitou mais, provavelmente porque nada comeu. Outrossim, os olhos ardiam mais e começaram a lacrimejar constantemente, embora não fosse constatada qualquer inflamação do tecido conjuntivo, nem fossem achados sintomas de outra qualquer irritação da vista ou impedimento da visão. Na terceira noite, o paciente conseguiu dormir, normalmente. A partir de então, ele sentiu uma excessiva necessidade de sono, que perdurou mais de um mês. Até o dia, chegou a cochilar, pouco importava onde se encontrasse ou o que estivesse fazendo; cochilava mesmo enquanto conversava com outras pessoas. Para adormecer, bastava ficar quieto algum tempo.

Durante aquele estado de sonolência, os seus olhos continuavam a arder e lacrimejar. Quando, no terceiro dia, as ânsias de vomito cederam, seu apetite voltou e ele comeu normalmente. Os olhos pioravam, quando expostos ao Sol, e, assim sendo, procurou evitar toda claridade. No oitavo dia, quando já estava trabalhando no campo, sofreu uma ligeira efusão de sangue, no antebraço; no dia seguinte, o hematoma infeccionou, formando pus e provocando coceiras. Depois de sarar, no lugar do hematoma ficou um circulo vermelho. Uns 4 a 10 dias mais tarde, de repente e sem qualquer ferimento prévio, semelhantes lesões dermatológicas apareceram nos antebraços e nas pernas. Começavam com uma pústula, aberta ao meio, que provocava fortes coceiras e levava uns 10 a 20 dias para sarar. O paciente referiu que essas pústulas, depois de sarar, deixavam cicatrizes, com manchas vermelhas escuras à sua volta. Ele informou que, anteriormente, jamais havia sofrido de eczemas ou irritações cutâneas, tampouco de hematomas, contusões, ou feridas abertas ( segregando sangue); quando estas últimas apareciam, vez por outra, eram tão leves que nem chegava a notá-las. Outrossim, no 15º dia após a sua vivência, surgiram duas manchas amareladas, mais ou menos simetricamente dispostas, à direita e à esquerda do nariz, o paciente comentou a respeito: "aquelas manchas pareciam como se a pele fosse esbranquiçada, carente de irrigação sangüínea". Depois de uns dez dias, as manchas desapareceram tão de repente quanto surgiram.

Ao lado das cicatrizes deixadas pelas pústulas, esporadicamente surgidas nos braços, ao longo desses últimos meses, ainda ficaram duas pequenas feridas abertas. Os demais sintomas descritos não tornaram a aparecer, até o momento. Atualmente, o paciente sente-se bem e ele próprio considera bom o seu presente estado de saúde. Ele nega a ocorrência de sintomas, tais como, febre, diarréia, hemorragias, icterícia, durante a fase aguda da sua doença ou logo em seguida. Tampouco, referiu depilação no corpo ou rosto, ou queda de cabelos, no período de outubro até agora. Na fase da sonolência, a sua capacidade de trabalho não ficou notadamente diminuída. Da mesma maneira, não se registrou qualquer diminuição na sua libido, na sua potência ou visão, como não teve anemia, nem pústulas na boca.

Quanto à doenças infantis agudas, o paciente referiu ter sofrido de sarampo e varicela, sem complicações. Não teve doenças venéreas. Em anos passados, sofreu de uma colite, que não incomoda mais.

Exame médico: trata-se de pessoa do sexo masculino, de cor branca, cabelos pretos, macios, olhos escuros. Ausência de sintomas de males agudos ou crônicos.

Biótipo: pernas compridas, leptossômico. Fácies: atípico, altura média ( 1,64m, sem sapatos), esbelto, porém, forte e de musculatura bem desenvolvida.

Estado de nutrição: nenhum sintoma de carência de vitaminas; nenhuma má-formação ou anomalia física. 

Pêlos do corpo e característica sexuais: normais.

Dentes: em bom estado de conservação.

Gânglios: não palpáveis externamente.

Mucosas: todas um tanto pálidas.

Exame dermatológico: foram constatadas as seguintes alterações patológicas:

1.À direita e à esquerda do queixo, duas pequenas manchas, hipercromáticas, quase redondas; uma delas é do tamanho de uma moeda de 10 centavos; a outra é maior e de contornos irregulares. Ali, a pele parece mais fina e delicada, como recém-formada ou um tanto atrofiada. Inexistem pontos de referência para determinar o tipo e a idade daquelas duas manchas. Tudo quanto se pode dizer a respeito resume-se no seguinte: são cicatrizes de feridas superficiais, na pele, relacionadas com efusão de sangue, datando, no máximo, de uns doze meses e, no mínimo de um mês. É licito supor que se trata de manchas da pele, as quais, provavelmente, desaparecerão dentro de alguns meses. Além dessas manchas, não foram constatadas outras manchas similares ou marcas na pele.

2.Foi notada a presença de cicatrizes deixadas por feridas na pele ( datando de alguns meses, no máximo), na parte externa da mão, nos antebraços e nas pernas. O exame revelou tratar-se de pequenas pústulas ou feridas cicatrizadas, com a pele saindo, esfolando nas bordas, o que permite concluir por seu aparecimento em data recente. Duas dessas pústulas, no braço direito e no esquerdo, ainda não chegaram a sarar; apresentam-se como pequenos nós ou bubões, salientes, avermelhados; são mais duros do que a pele ao seu redor, causam dor quando comprimidos e, no seu centro, segregam um liquido amarelado, seroso. A pele circundante apresenta alterações inflamatórias. Vestígios de pequenos arranhões, feitos pelas unhas do paciente, permitem supor que trata de urticária. Quanto às alterações patológicas constadas, cumpre mencionar que todas as cicatrizes e alterações dermatológicas se encontram no centro de uma área hipercromática, de cor de lilás clara, um sintoma completamente fora do âmbito das nossas experiências, razão pela qual não é possível avaliar a importância ou o significado de tais áreas. Como o médico-examinador não é dermatologista, carece das condições necessárias para a devida diagnose deste sintoma e, assim sendo, limita-se a descrever as alterações em apreço, que, aliás, também foram documentadas por fotos. 

Estado neurológico orientação no espaço e tempo: boa.

Reações sensoriais, afecções: dentro do normal

Atenção espontânea e estimulada: normal.

Percepções e associações mentais: reações normais.

Memória a longo e a curto prazo: boa. 

Memória visual: extraordinária; detalhes relatados verbalmente são, de imediato, esboçados ou ilustrados pelo próprio paciente. Ausência de quaisquer sintomas diretos ou indiretos de uma doença mental.

Olavo Fontes, Doutor em Medicina

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1958.

Em resumo, o Dr. Fontes tornou a salientar que, logo no início dos exames, soube que Antônio não tem qualquer disposição psicopática. Ao prestar o seu depoimento, nem por uma só vez, ele caiu em contradições ou perdeu o autocontrole. Outrossim, quando, por algumas ocasiões, hesitou em responder a uma pergunta, revelou comportamento normal de um indivíduo que não quer responder a determinadas perguntas, sobre circunstâncias fora do comum. Sempre quando isto aconteceu, ele disse, simplesmente: "não sei" ou "não sei explicar isto", mesmo sabendo que tais evasivas poderiam pôr em dúvida a credibilidade do seu relato. Aliás, Antônio disse ao jornalista João Martins que se sentiu sem jeito para falar de certos detalhes, quanto à extraterrestre. Tampouco, Antônio revelou inclinações para a superstição , o misticismo; ele não considerou os tripulantes do objeto como anjos, super-homens ou demônios, mas, sim, achou que se tratava simplesmente de homens, provenientes de outras regiões, de um outro planeta.

Ele explicou esta idéia pelo fato de o tripulante que o acompanhou ao deixar o objeto voador, ter apontado, primeiro, para ele, depois para o solo e, por fim, para o céu. Além disso, durante toda a sua permanência a bordo, Antônio observou como os tripulantes usavam uniformes e capacetes fechados; dali ele concluiu que o ar normalmente aspirado por eles deve ser diferente daquele aqui na Terra. Quando o jornalista João Martins falou a Antônio que, caso aquele seu relato viesse a ser divulgado, muitas pessoas iriam considerá-lo como um louco ou impostor, Antônio não se impressionou absolutamente diante de tais perspectivas, mas disse apenas: "Nesse caso, convidaria as que falam tais coisas a irem até minha terra e solicitar-lhes-ia que se informassem sobre minha pessoa. Logo saberiam do conceito de que desfruto lá, se estou sendo considerado como homem direito, ou não."

Hoje em dia, Antônio está casado e vive muito feliz com a mulher e os filhos na fazenda. Ele continua afirmando que o incidente se deu tal qual foi por ele descrito e, fora disso, não quer saber mais nada a respeito. Antônio jamais tomou drogas ou tóxicos.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Elias Seixas: Um rico caso da Ufologia brasileira!

Elias Seixas de Mattos, era um caminhoneiro carioca em 1980, quando teria vivenciado uma experiência inexplicável. Seu relato, junto ao de outros dois amigos, entrou para a história da Ufologia brasileira pela riqueza de detalhes com que descreveu as situações pelas quais passou à pesquisadora Irene Granchi e ao hipnólogo Silvio Lago. No dia 25 de setembro de 1980, Elias e os acompanhantes na boléia do caminhão, seu primo Alberto Seixas Vieira e o amigo Guaraci de Souza, voltavam de Goiás, onde tinham ido deixar uma carga. Durante a viagem de volta, alguns fenômenos estranhos começaram a ocorrer, como o piscar dos faróis do veículo, mesmo desligados, e sensações de desconforto e sonolência. No caminho, quando estavam a 100 km de Conceição do Araguaia (GO), uma sensação de pressão na nuca, o retorno do pisca-pisca dos faróis e a impressão de ouvir uma voz forçaram Elias a parar. Quando saía do caminhão, ele não percebeu, mas seus colegas teriam visto um feixe de luz azulada atingi-lo. Quando já estavam todos fora da cabine, eles avistam uma espécie de 'fogo no mato' a cerca de 1,5 km e resolveram investigar. Desde o princípio, Alberto sentiu muito medo e resolveu não continuar andando naquela direção. Poucos segundos depois, Elias também foi tomado de pavor e decidiu desistir.

Assim os três voltaram, entram no caminhão e continuaram o percurso.  Elias Seixas continuou ao volante. Guaraci, o outro passageiro, carregava um chapéu de palha preso por um fio de nylon que, aparentemente sem nenhuma explicação, foi lançado pela janela. Sem entender o que aconteceu, os três resolveram novamente parar e descer do caminhão e, um por cada lado da carreta, encontrar-se-iam na traseira do veículo para pegar o chapéu. A partir daí, nenhum deles lembrava-se de da seqüência de acontecimentos muito bem, exceto a sonolência com que retornaram à cabine do caminhão e o fato de chegarem à próxima parada cerca de cinco horas depois das 23h30, como esperavam.

Essa amnésia parcial combinada aos estranhos fenômenos ocorridos durante a viagem teriam feito os três buscarem a ajuda, num congresso de Ufologia, da pesquisadora Irene Granchi. A partir desse primeiro contado, suas histórias –e a de Elias com mais destaque que as dos demais– foram reveladas através de várias sessões de hipnose regressiva às quais os caminhoneiros foram submetidos.

Segundo seu depoimento, antes de encontrar Guarani, Elias foi surpreendido por um foco muito forte de luz e levado para uma nave. Dentro da nave, ele viu um ser de frente para uma série de alavancas. Sentado, o ser de enormes braços estava com o cotovelo na coxa, mas não curvava o tronco.

Durante sua permanência na nave, o abduzido teria sido submetido a uma série de experiências. Por um momento, quando deitado numa espécie de "cama" onde seria estudado, viu um de seus companheiros, que teria dado um soco no ser que o estudava (segundo Elias eram ao todo três seres). Entre outros testes que teriam feito com Elias, o abduzido relatou que implantaram algo em seu crânio e colocaram um aparelho em seu peito. Coletaram amostras de sangue e esperma e fizeram furos em seus dedos.

Elias contou ainda que foi levado para o que foi explicado pelos seus raptores como uma "base" espacial, localizada em Marte. Ali ele pode ver –sem ser visto– uma série de seres de cabeça grande, desproporcional ao corpo, e muito pequenos, que pareciam estar trabalhando.

O relato continuou e Elias afirmou estar no que parecia ser uma rua, quando teria visto dois homens, um negro e outro branco, que ele percebeu serem siameses, grudados pelo braço. Ele quis tocá-los mas seu raptor não permitiu. O caminhoneiro foi então levado a uma marquise onde viu seres que pareciam bonecos plásticos, de aspecto cinzento, após o que foi trazido de volta à Terra. Entre outras revelações feitas durante a hipnose, Elias disse que os seres informaram vir da estrela Ursa Menor. Tinham dois metros e dez altura, olhos rasgados horizontalmente, de cor brilhante, e sua vestimenta assemelhava-se a uma espécie de roupa emborrachada.

Sem a regressão, Elias só se recordava de ter descido do caminhão, após o que lembrava- se novamente de já estar na cabine. Ele e seus acompanhantes só começaram a se dar conta da estranheza dos acontecimentos quando perceberam que chegaram 5 horas além do previsto na próxima parada e gastaram muito pouco combustível para a distância percorrida.

O suposto abduzido teve ainda seqüelas físicas, como dores nos dedos e no ombro. Não reconheceu a própria filha ao chegar em casa. Também sofreu de impotência sexual durante os 4 meses seguintes ao suposto encontro, sem que os médicos que procurou, segundo ele, conseguissem chegar a algum diagnóstico. O abduzido ficou com uma calcificação no crânio que, segundo os especialistas aos quais foi levado, só poderia existir se tivesse feito uma cirurgia. A marca no peito, por terem aparentemente introduzido um aparelho, permaneceu.

Até hoje Elias apresenta seu relato em congressos e palestras, tendo tornado-se um clássico e rico exemplo da abdução, amplamente aceito pela Ufologia nacional, mesmo que não se tenha notícias de um estudo aprofundado de suas seqüelas por alguma Universidade ou extração de seus supostos implantes para pesquisa em laboratórios especializados.

O Período Pós Abdução

O período pós-abdução talvez seja o mais difícil que o seqüestrado tenha que enfrentar. Nesta fase de retorno ao lar, na maioria dos casos, o abduzido ainda não tem noção do que lhe acontecera. Ele recomeça sua vida achando que é a mesma pessoa de antes e que tudo pode não ter passado de um sonho muito ruim. Mas é inevitável a sensação da diferença entre os seus. Algo aconteceu. Mas como saber o que foi e por quê? Os sintomas aparecem sem explicações em nosso mundo físico. São os efeitos sobre si mesmo que o seqüestrado não tem controle.

Elias Seixas, que foi abduzido no dia 25 de setembro de 1980, retomou à sua casa com algumas seqüelas e sem entender o que estas queriam dizer. Após o encontro com os extraterrestres, Elias teve crises de paranormalidade. Talhares entortavam sem que ele fizesse o menor esforço para tal. Lâmpadas novas queimavam. Os aparelhos de televisão a cores não podiam ser ligados na sua presença. Bloqueios de memória eram freqüentes sendo que o pior de todos os esquecimentos tinha a ver com sua filha de 11 meses. Ele não lembrava que era pai. E isto só porque passou o equivalente a 5 horas do tempo terrestre dentro de uma nave.

Neste dia, Elias chegara em sua casa muito cansado. A barba estava crescida mais do que o normal para alguém que há menos de 12 horas a havia cortado. A blusa estava sem botão. Realmente, algo tinha acontecido. Mas o quê?

As perguntas sem respostas duraram pouco mais de um ano quando resolveu procurar a ajuda dos ufólogos. Nesta época encontrava-se em depressão. Tinha algo do seu passado que não conseguia lembrar. Parte de sua vida que precisava conhecer.

O primeiro passo foi fazer regressões com hipnose. Fez duas com o médico Silvio Lago e três com o também médico Raul Sobral, que foram fundamentais para ele entender o que tinha acontecido durante aquelas poucas horas fora da terra.

Apesar de ter sofrido muito com a abdução, Elias hoje entende que existia um sentido maior por trás de tudo aquilo. E o auxílio dos pesquisadores no assunto o ajudou a superar os momentos mais difíceis da pós-abdução. Elias foi marginalizado por aqueles que considerava serem seus amigos e no meio evangélico, do qual fazia parte, sua experiência era interpretada como uma possessão demoníaca. Quase enlouqueceu.
Hoje, Elias está recuperado e cônscio de tudo o que vivera. Realiza até palestras sobre o assunto e incentiva a quem foi abduzido a fazer uma regressão.

Mas há uma seqüela que age como se estivesse iluminando seu passado. É uma pequena mancha branca no seu peito que em algumas ocasiões fica tão branca que parece estar acesa.

Irene Granchi

Após uma palestra ufológica no Rio de Janeiro, em 1981, a ufóloga Irene Granchi (matriarca de toda a Comunidade Ufológica Nacional) foi apresentada a 3 homens que estavam muito interessados em saber algo sobre hipnose, pois precisavam de ajuda para recuperarem suas memórias, acometidas por uma amnésia parcial (missing time).

Elias Seixas de Mattos, Guaraci de Souza e Alberto Seixas Vieira viajavam de caminhão em Goiás, cerca de 100 km de Conceição do Araguaia, no dia 25 de Setembro de 1980. Os três voltavam de uma longa viagem e iam em direção ao Rio de Janeiro, onde moravam, contudo, certos fenômenos insólitos começaram a ocorrer durante o itinerário: os faróis do veículo piscavam sem parar e o motor falhava. Ressabiado, Elias desligou os faróis, mas eles continuaram a piscar. Algum tempo depois, ouviu uma voz, como se estivesse falando diretamente com ele. “Elias, quero te falar”. Sentiu na nuca uma sensação de que algo frio e líquido o estivesse pressionando e viro-se para Guaraci dizendo: “Olha, estou sentindo umas coisas estranhas, vamos parar”. Em instantes, Guaraci e Alberto viram descer do céu em direção ao caminhão um raio azul, que Elias não viu, então os três saíram do veículo e perceberam que, à certa distância, havia algo parecido com uma fogueira sem fumaça. Aquela coisa, na verdade um objeto, tinha cerca de 1,5 m de altura por 6m de largura, em formato de charuto.

Elias e Guaraci resolveram ir sem medo ao encontro do UFO, que emitia a cada segundo uma faísca de luz branca, sendo o restante do aparelho na cor vermelha. Alberto, o 3º passageiro, entretanto, não quis se arriscar e tentou se proteger ficando atrás dos colegas, mas acabou entrando em pânico e os três ficaram com medo de ser levados e nunca mais verem suas famílias. Então voltaram ao caminhão, sem nunca imaginar o que estava por vir. Elias começou a dirigir normalmente e Guaraci, sentado ao seu lado, segurava um chapéu de palha com as costas no banco. Subitamente, o chapéu voou, mesmo não havendo qualquer sopro de vento. Elias parou o veículo para o amigo buscar o chapéu, seguiu-o e a partir deste ponto não se lembrava de mais nada além do fato de que naquela hora sentiu-se sonolento e com a cabeça pesada, pedindo para Guaraci dirigir no seu lugar.

Ao longo da estrada, cruzaram com outro caminhão e perguntaram a um homem se este tinha avistado um Disco Voador ou algo parecido à frente, mas a resposta foi negativa, o que fez Elias parar outro motorista e desta vez pedir informação sobre o caminho que seguiam. Continuaram a viagem rumo a Guaraí, onde fariam a próxima parada para descanso. O trajeto que deveria durar 4 horas, parecia muito mais longo e quando chegaram à cidade, o trio pensava que fosse aproximadamente 23:30h, mas para surpresa de todos, quando perguntaram o horário num posto de abastecimento foram informados que já eram 4:30h da madrugada!

Posteriormente, naquela mesma manhã, quando foi abastecer o veículo, Elias teve outra surpresa: o tanque do caminhão estava praticamente cheio, faltando somente poucos litros para completá-lo, mas pela distância percorrida (145 km) deveria ter gasto ao menos uns 20 litros de óleo diesel. Estes dois acontecimentos inexplicáveis preocuparam bastante os viajantes, que ligaram isto ao fato de estarem bastante sonolentos durante o último trecho de estrada.

Na manhã seguinte, continuaram o itinerário previsto: Brasília, Belo Horizonte e, finalmente, Rio de Janeiro. Esta parte da viagem deveria ter levado aproximadamente 20 horas, mas a fizeram em apenas 12h, não sabiam como... Dois dias após a chegada ao Rio, Elias descobriu ter gasto 12 vezes menos em combustível do que deveria e isso também o deixou perplexo. Só que as estranhezas não pararam por aí: pouco antes de concluir a viagem, mais precisamente em Duque de Caxias, ele deixou Guaraci em casa e, ao descarregar as bagagens, os faróis começaram a piscar rapidamente, como já havia acontecido antes. Foi embora intrigado e, ao chegar em casa, teve mais uma surpresa ao descer do caminhão: o capô levantou sozinho uns 20cm, batendo com força ao se fechar novamente. Isto era mais inusitado ainda porque o capô estava enferrujado e o motorista tinha dificuldades em abri-lo. Para complicar, ele percebeu que um cisto que possuía numa das mãos havia desaparecido, era um tipo de verruga de nascença que simplesmente sumira.

Ansiosos por respostas, os três homens tentaram então a regressão hipnótica com a ajuda do Dr. Silvio Lago, conhecido e respeitado hipnólogo de Niterói (RJ). Queriam saber o porquê daquela confusão em suas memórias, por não se lembrarem de nada e também sobre o enigma dos faróis piscando, o chapéu de palha voando sozinho, o capô batendo, etc.

Haviam relatado as experiências somente aos familiares, quando encontraram Dona Irene Granchi no referido simpósio e resolveram confiar a ela a pesquisa do caso, tendo sido a primeira a analisá-lo em mínimos detalhes. Marcaram uma consulta com o Dr. Lago, profissional com extenso currículo de hipnose em vários contatados e abduzidos brasileiros. Na época, Elias e Alberto eram protestantes e Guaraci espiritualista.

A primeira regressão hipnótica produziu resultados diferentes em cada um dos três abduzidos, todos surpreendentes. Elias foi o primeiro a ser testado e também o que maiores informações conseguiu revelar, entrou facilmente em transe profundo, descrevendo o local em que se encontrava. Estava dentro de um aparelho metálico em formato de ovo, flutuando numa situação imprevisível e de cabeça para baixo. Sem explicação, rodopiava até a base do objeto, onde havia degraus que o conduziram para uma grande sala circular com uma mesa de apoio que acompanhava a parede e, à sua frente, estava sentado um homem que manobrava alavancas de várias cores. A sala era toda branca e o ser vestia um macacão amarelo. Cuidadosamente, Elias se aproximou dele, mas o homem continuou seu trabalho sem se virar. Nesta fase da sessão hipnótica, disse ao Dr. Lago que estava com medo.

Elias: Estou com medo, o que devo fazer?
Lago: Faça perguntas ao homem.
Elias: Mas ele não me responde... Só vejo que está vestindo uma indumentária colante, tipo borracha, que o cobre todo, inclusive a cabeça. Meus braços ficaram dormentes... Estou tentando me aproximar mas não consigo, é como se houvesse uma parede invisível. Agora o homem está de pé, há uma janela à sua direita.

Ele está me olhando, seus olhos são estranhos, grandes e rasgados horizontalmente, não têm pupilas e são de cor lilás. Seu nariz é longo, afilado e sua boca, apesar de possuir um formato bonito, não tem lábios.

Por causa da vestimenta do ET, não viu se tinha orelhas, mas conseguiu enxergar uma parte do pescoço por uma abertura triangular no material que o vestia. Portava um cinto alto, com uma placa de luzes multicoloridas, seus braços eram exageradamente longos com mãos finas de 5 dedos cada. Tinha cerca de 2m de altura e apontou para a janela como se estivesse chamando por Elias, que resolveu ir até lá e observar o que se passava do lado de fora da nave. “Vi 3 esferas muito grandes, coloridas e olhei também estrelas cruzando rapidamente o fundo azul do céu”, disse o hipnotizado. Após mostrar a paisagem ao abduzido, o alienígena foi embora sem responder as perguntas do rapaz.

No final desta primeira sessão de hipnose, conseguiu se lembrar de mais alguns detalhes, acrescentando que as luzes do cinto do extraterrestre pareciam estar em sintonia com as do painel de controle e suas alavancas. Citou que os pés do ser apresentavam um arco e eram cobertos com o mesmo tecido da roupa que vestia o resto do corpo.

Em 9 de outubro de 1981, numa segunda sessão hipnótica realizada novamente no consultório do Dr. Lago, foi convidado o astrólogo e escritor Gary Dale Richman para presenciá-la. Elias Seixas repetiu a narração de sua experiência desde o exato momento em que entrou no aparelho em forma de ovo e acrescentou várias particularidades, disse que o UFO rodopiava sem parar e que em seu interior havia uns degraus cobertos com uma espécie de tapete vermelho que iam a uma sala com teto aparentemente rebaixado. Neste instante, ele sentia muita dor no peito e não conseguia movimentar os braços, embora as pernas funcionassem. A pedido de um tripulante, olhou pela janela e se assustou ao perceber que estava a uma grande altura do solo, então resolveu perguntar ao ET de onde ele provinha e obteve esta resposta: “De um lugar cheio de luz!”. Neste trecho da hipnose, o Dr. Lago pediu que o paciente fizesse uma descrição mais detalhada de seu captor:

Lago: Fale mais sobre esse ser que estava perto de você.
Elias: Ele tem olhos puxados, com a esclerótica branca e as pupilas de cor lilás. São olhos que parecem ser feitos de fogo. É como se houvesse uma tocha dentro deles. Seus braços são muito longos, mais longos que os meus...

Lago: Tranqüilize-se e descreva mais.
Elias: É muito grande, é muito grande.

Elias ficou agitado e modificou a narrativa feita no primeiro transe, quando os olhos foram descritos como sem pupilas. Nesta hora, o desenrolar da hipnose mudou subitamente a lógica e ele começou a dizer várias vezes a frase “... é muito grande, é muito grande”. Esta mudança de atitude demonstrava que o abduzido poderia ter sido transportado para outro lugar naquele momento, conseguindo descrever o que viu às pessoas presentes no consultório.

Lago: O que está acontecendo?
Elias: Não há árvores, as coisas estão envoltas em [não consegue concluir a frase]... Agora estamos próximos... Espere um pouco, há pessoas! Eu vejo muitas pessoas, todos estão trabalhando, são pequenos... Ah! Chegamos! Todos têm a cabeça abaixada, interessante eles andam assim [demonstra]. Suas cabeças são diferentes das nossas, são grandes, maiores que seus corpos. Ele [o raptor] não me deixa tocá-los. Ah, como gostaria que deixasse! Ninguém olha para mim, ninguém me vê, eles são muito pequenos.

Lago: Continue.
Elias: Aqui não há luz nenhuma. Espere! Agora apareceu uma luz grande andando e todos correm ao encontro dela – deve ser algum trem ou algo parecido. Eu estou com o pé embaixo da marquise, mas ninguém me vê.

Ele estava preocupado com o fato de nenhum ser daquele lugar conseguir vê-lo. Isso levou Irene Granchi à conclusão de que ele deveria estar em outra dimensão da matéria e, embora tudo o que via fosse real, Elias não era real para os ETs. A ufóloga lembrou-se de que quando somos visitados por certos extraterrestres, não conseguimos enxergá-los, pois se encontram em outra dimensão.
Agora, Elias descrevia a marquise em que se encontrava quando interrompeu para dizer que estava com sede. Foi então requerido por Richman, que sugeriu ao caminhoneiro que pedisse ao seu captor para fazer algo que saciasse sua sede. A resposta foi surpreendente.

Richman: Peça ao ET para saciar sua sede.
Elias: Ele [o ET] colocou a mão no meu ombro e a sede passou! Agora ele está me mostrando tudo. Esta é uma rua estreita, tem mais ou menos 1,5m de largura. Espere aí! Tem alguém chegando. É alguém como eu e está vestindo camisa. Tem duas pessoas, um é negro e outro é branco, só que ele [o raptor] não permite que eu me aproxime [Elias se revoltou com tal atitude e começou a reclamar, soluçando desesperadamente]. Por que fizeram isso? Eu queria apenas perguntar por que eles também estavam aqui. Eles estavam felizes...

Lago: Tudo bem. Descreva as redondezas de onde você se encontrava.
Elias: Estou em pé sob uma marquise de um edifício alto. Há uns homenzinhos andando por aqui, eles parecem feitos de material plástico, são cinzentos. Há também uma loja que está fechada. Não consigo colocar os pés no chão, meu corpo está muito leve [esse detalhe é mais uma clara evidência de que ele está em uma espécie de outra dimensão].

Lago: Que diferença existe entre isso e um sonho?
Elias: Um sonho? Um sonho é um sonho! [deixa claro que sabe discernir as coisas].

Esta declaração fez surgir uma série de perguntas entre os pesquisadores que acompanharam o caso passo a passo. Que realidade seria esta? Tinham que admitir a existência de outras realidades, tão reais quanto a nossa, não havia alternativa. Elias informou-lhes que permaneceu por um longo tempo naquele lugar, sem saber quanto e que as lojas começaram a ser abertas. Falou também que o ser que o acompanhava o deixou por alguns segundos e “... quando ele me deixa só, meu braço fica dormente. Estou cansado, eu sei que devo ir embora”. Neste instante, um outro alienígena, parecido com o anterior, surgiu e o levou para um lugar onde havia muitos UFOs metálicos, circulares, azuis e verdes, apoiados sobre 4 hastes. Então o mandaram subir uns degraus e entrar num deles através de uma porta que se fechou após sua passagem.

Dentro dessa nave, descobre a presença de um piloto, sentado de costas para ele, mas assim mesmo era possível notar a semelhança com os demais. O ser fica sentado em um compartimento de formato triangular e a sua frente há uma tela como de uma TV. Posteriormente, Elias descobre que existem 16 compartimentos na nave, todos de formato triangular, formando um complexo parecido com o desenho de uma bússola. O piloto, cujas feições ele não vê, fica observando a tela e permite que o abduzido também o faça. Juntos, vêem uma praia à grande distância, estava sendo levado de volta e percebe o distanciamento do planeta deles, que vai se tornando, aos poucos, apenas uma esfera no espaço.

Segundo Elias, o piloto era “boa praça” e até conversava com ele em português, fazendo brincadeiras para descontrair a viagem, mas sem movimentar os lábios, exceto quando sorria, onde era possível ver seus dentes. Na tela, aparecem agora o mar e umas praias com muitos coqueiros, mas não era o Brasil. Viam-se carros e muitas pessoas olhando para cima e apontando para o UFO. Eram pessoas de bermudas, queimadas de sol, uns correndo para se esconder, outros acenando e Elias se lembrou de ter visto esse tipo de gente em algum filme. Neste momento do transe, Dona Irene interessou-se em conhecer melhor o piloto da nave e perguntou ao hipnotizado algumas coisas.

Irene: Seria uma nave este objeto no qual você está viajando?
Elias: Claro que é uma nave e estão me mostrando vários lugares do planeta Terra. Acabei de passar pelo Haiti, onde vi, além das praias, muitos navios no porto.

Irene: Como é o rosto do piloto, é diferente do outro humanóide que lhe acompanhava?
Elias: Seu rosto é mais arredondado e os olhos não têm o mesmo brilho. As pupilas são pretas, têm pálpebras e sobrancelhas. Não possui barba, seus lábios são finos e há um buraco no queixo. Não é possível observar a coloração da pele, pois a cabeça e todo o corpo está coberto por uma vestimenta de um material parecido com borracha.

Irene: Como acabou a viagem?
Elias: O homem me disse para abrir a porta e saltar... Aí acabou! Acabou tudo! Quando desci, o piloto me agradeceu, disse que gostou de mim e estava satisfeito.

Irene: Ele disse se voltaria algum dia ou se você passaria novamente por alguma experiência como esta?
Elias: Minha cabeça dói muito agora... Ele diz que devo ir embora. Está dizendo que preciso ir embora. Tchau. Agora ele fala que ainda vamos nos encontrar um dia.

Irene: Você acredita nisso?
Elias: Claro que sim. Ele prometeu e disse que virá quando eu menos esperar. Se ele vier eu irei e terei mais coragem. Poderia então nunca rever minha filha. Eu a amo tanto [se emociona muito neste momento].

Richman: Você disse que, quando estava com sede, ele colocou a mão no seu ombro e a sede passou. Isso aconteceu mais vezes?
Elias: Deixe-me ver. Ah, sim. Ele colocou algo aqui em meu peito, algo pequeno que parecia ser de metal cromado. Estou cansado... O objeto tinha a grossura de um dedo e ficou colado em meu peito, colado à pele.

Richman: Deixou alguma marca? Tinha alguma finalidade?
Elias: É para ele poder me localizar, para poder contactar-me.

Richman: E quanto a seus amigos, eles te viram descer?
Elias: Não, não me viram, porque eles estavam falando que já era dia.

O ano da abdução foi 1980 e muitos dados citados neste relato eram novos para os pesquisadores, como o da promessa de voltar para buscá-lo e o aviso que o encontrariam em qualquer parte.
Hoje é sabido que famílias inteiras são levadas a bordo de UFOs, assim como grande grupos de pessoas. Mas àquela época, 3 pessoas juntas serem contatadas era algo inédito.

Não foram incluídos neste texto os relatos fornecidos sob hipnose de Alberto e Guaraci, que descreveram menos detalhes por causa do medo que sentiam na ocasião. Guaraci sequer conseguiu regredir hipnoticamente e, apesar de todas as tentativas do Dr. Lago, ele não entrou em transe.

Sobre o objeto colocado no peito de Elias, soube-se mais tarde que se tratava de um implante. Ele foi abduzido novamente e lhe foi extraído esperma numa operação dolorosa, que o deixou impotente durante semanas. No entanto, passou a desenvolver poderes de cura e todos os dotes paranormais que são características comuns após abduções.

Como os extraterrestres conseguem se comunicar conosco e mantêm contato com humanos escolhidos por eles, isso demonstra claramente que somos objetos experimentais diante de suas inteligências. Não há mais dúvidas de que, ao menos algumas raças ou “tipos”, fazem experiências genéticas, extração de sêmen e óvulos para algum tipo de mistura de progênie ou algo semelhante.