terça-feira, 2 de março de 2010

Seriam Astronautas os Deuses?





Dependia Deus do tempo?

A Arca da Aliança de Moisés continha carga elétrica.

Veículos cósmicos dos "deuses" na areia do deserto.

O Dilúvio foi planejado.

Por que os "deuses" exigiam determinados metais?

A BÍBLIA ESTÁ cheia de mistérios e contradições.


 
O Gênese, por exemplo, começa com a criação da Terra, que é contada com absoluta precisão geológica. De onde, porém, sabia o cronista que os minerais precederam às plantas e as plantas aos animais? "Façamos o homem segundo a nossa imagem...", reza o 1.° livro de Moisés.


Por que Deus fala no plural? Por que Ele diz "nós" e não "eu", por que "nossa" e não "minha"? Dever-se-ia esperar que Deus, sendo único, falasse aos homens no singular, não no plural.


" Como os homens tivessem começado a multiplicar- se sobre a Terra, e tivessem gerado suas filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram belas, tomaram por mulheres as que dentre elas escolheram." (Gênese, VI, 1 a 2.) Quem pode responder, se perguntarmos quais filhos de Deus tomaram como mulheres as filhas dos homens? Pois o antigo Israel tinha um único Deus intocável. De onde provêm os "filhos de Deus”?


"Naquele tempo havia gigantes sobre a Terra. Porque, quando os filhos de Deus se juntaram às filhas dos homens e estas lhes deram filhos, nasceram aqueles homens possantes, que tão famosos são na Antiguidade. " (Gênese, VI, 4.)


Aqui surgem, de novo, os filhos de Deus, que se casam com as filhas dos homens. Aqui também, pela primeira vez, se fala em gigantes! "Gigantes" aparecem, a cada momento e em todas as partes, nas mitologias do Oriente e do Ocidente, nas lendas de Tiahuanaco e nas epopéias dos esquimós. "Gigantes" são fantasmagorias presentes em quase todos os livros antigos. Portanto, devem ter existido. Que espécie de seres foram esses "gigantes"? Teriam sido antepassados nossos, que erigiram construções colossais e que, brincando, deslocavam monólitos? Ou foram astronautas, tecnicamente experimentados, procedentes de uma outra estrela? Uma coisa é certa: a Bíblia fala em "gigantes" e os designa como "filhos de Deus", e esses "filhos de Deus" unem-se às filhas dos homens e multiplicam- se.


O livro do Gênese nos transmite, no Capítulo XIX, 1 a 28, longo relato, muito minucioso e excitante em seus pormenores, sobre a catástrofe de Sodoma e Gomorra. Se associarmos nossos atuais conhecimentos àquela narrativa, logo despertaremos idéias novas, nada absurdas.


À tardinha, chegaram dois anjos a Sodoma, quando o pai Ló estava justamente sentado à porta da cidade. Obviamente, Ló esperava esses "anjos", que logo se revelaram como homens, pois Ló os reconheceu imediatamente e os convidou hospitaleiramente a pernoitarem em sua casa. Os libertinos da cidade, narra a Bíblia, desejavam "coabitar" com os varões estrangeiros. Estes, porém, com um único gesto, foram capazes de liquidar os apetites sexuais dos "playboys" indígenas: os perturbadores da paz ficaram cegos.


Os "anjos" convidaram Ló a conduzir sua mulher, seus filhos e filhas, os genros e as noras, imediata e urgentemente, para fora da cidade, pois, assim advertiram, a cidade dentro em pouco seria destruída. A família parece que não confiou muito nesse estranho convite e tomou tudo como uma brincadeira de mau gosto do pai Ló. Tomemos o Livro do Gênese, literalmente: "Começando a raiar a aurora, os anjos apressaram Ló, dizendo-lhe: "Anda, toma depressa tua mulher e tuas duas filhas, não suceda que também tu pereças na ruína da cidade." Como ele, porém, ainda hesitasse, os homens pegaram pela mão a ele, à mulher dele e às duas filhas, porque o Senhor queria poupá-lo; conduziram-no e o deixaram lá fora da cidade. Depois que os haviam levado para fora, o anjo falou: "Salva tua vida, não olhes para trás e não pares nos arredores! Esconde-te nas montanhas, para que não sejas destruído!... Rápido, salva-te, vai para lá, pois nada posso fazer antes de tu lá chegares".


Após este relatório, não há dúvida de que os dois estrangeiros, os "anjos", dispunham de um poder desconhecido pelos habitantes da região. Dá que pensar, também, a compulsória força sugestiva, a insistência com que apressaram a família de Ló. Enquanto pai Ló ainda hesitava, arrastaram-no pelas mãos para fora. Deve ter-se tratado de questão de minutos. Ló deve, assim ordenam eles, ir para as montanhas e não voltar-se para trás. Pai Ló, aliás, parece não ter tido um respeito ilimitado pelos "anjos", pois cada vez de novo arrisca objeções: "...mas, nas montanhas não posso me salvar, o mal poderia alcançar-me, e eu viria a morrer..." Pouco depois, os "anjos" confessam que nada podem fazer por ele, se não obedecer. Que aconteceu, realmente, em Sodoma? Não é possível imaginar que Deus Todo-Poderoso esteja preso a qualquer esquema cronológico. Por que, pois, essa pressa dos "anjos"? Ou a destruição da cidade teria sido prefixada para o minuto exato? Teria a contagem regressiva já começado e os "anjos" disso saberiam? Então, evidentemente, o prazo para a destruição teria sido fatal. Não teria havido um método mais simples para pôr a família de Ló em segurança? Por que cargas d'água deveriam ir para as montanhas a qualquer custo? E por que não deveriam olhar, nem uma vez ao menos, para trás?


Perguntas talvez irreverentes quanto a um assunto sério, concordamos. Mas, desde que no Japão foram despejadas duas bombas atômicas, sabemos quais os danos causados; sabemos que os seres vivos, expostos ao efeito direto da radiação, morrem ou adoecem incuravelmente. Imaginemos que Sodoma e Gomorra tenham sido destruídas segundo um plano, isto é, deliberadamente, por meio de uma explosão nuclear. Talvez os "anjos" - continuemos nossa especulação - quisessem simplesmente destruir perigoso material atômico, aproveitando o ensejo para aniquilar grupos humanos que lhes eram desagradáveis. O instante cronológico da destruição havia sido fixado. Quem devesse sair ileso - como a família de Ló - precisaria ficar a alguns quilômetros de distância do centro da explosão, nas montanhas: as paredes rochosas absorvem naturalmente os perigosos raios duros. Sim, e - quem não o sabe? - a mulher de Ló virou-se e olhou diretamente para o sol atômico. A mais ninguém admira que ela tenha sucumbido na hora. "O Senhor, porém, mandou chover enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra..." E o Gênese assim finaliza o relatório da catástrofe: "No outro dia, bem cedo, Abraão partiu e foi ao local onde ele havia estado com o Senhor. Levantando os olhos para Sodoma, Gomorra e toda a terra adjacente, viu que se elevavam da terra. cinzas inflamadas, como fumaça que sai duma fornalha".


Podemos ser religiosos como nossos avós, mas certamente somos menos crédulos. Não podemos imaginar, nem com a melhor das boas vontades, um Deus onipotente, onipresente e onibondoso, que esteja acima dos conceitos de tempo e, entretanto, não saiba o que acontecerá. Deus criou o homem e ficou satisfeito com sua obra. Apesar disso, parece haver-se arrependido mais tarde de seu feito, porque o mesmo Criador resolveu aniquilar o homem. A nós, filhos de uma época esclarecida, também nos parece difícil pensar num pai extremamente bondoso que, entre inúmeros outros, prefira seus assim chamados "filhos favoritos", como justamente a família de Ló. O Antigo Testamento dá descrições insistentes, em que Deus sozinho ou seus anjos, sob grande ruído e forte desenvolvimento de fumaça, desciam em vôo direto do céu. Uma das descrições mais originais dessas ocorrências foi-nos legada pelo profeta Ezequiel:


"Aconteceu, no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, quando eu me encontrava no Rio Chebar entre os exilados. Lá se abriu o céu... eu, porém, vi como veio do norte um vento tempestuoso e uma grande nuvem, envolta em resplendor e incessante fogo, em cujo centro refulgia algo como metal brilhante. E bem ao meio apareceram vultos como de quatro seres vivos, cujo aspecto se assemelhava a vultos humanos. E cada um tinha quatro rostos e cada um quatro asas. Suas pernas eram retas e a planta de seus pés era como a planta do pé de um bezerro, e brilhavam como metal polido."


Ezequiel indica uma data bem precisa para a aterrissagem desse veículo. Ele também vê, em observação exata, um semovente vindo do Norte, que brilha e é radiante e levanta enorme nuvem de areia do deserto. Imaginemos o Deus Onipotente das religiões: tem este Deus necessidade de vir correndo desabaladamente de uma determinada direção? Não pode Ele, sem espalhafato ou alarido, encontrar-se lá onde deseja estar?


Sigamos a narração-testemunho do profeta Ezequiel:


"Além disso vi, ao lado dos quatro seres vivos, rodas no chão. O aspecto das rodas era como o vislumbre de um crisólito, e as quatro rodas eram todas da mesma conformação, e eram trabalhadas de modo tal como se cada roda estivesse no meio .da outra. Podiam andar para todas as quatro direções, sem virar-se ao andar. E eu vi, que tinham raios e seus raios estavam cheios de olhos em toda a volta das quatro rodas. Quando os seres vivos andavam, também as rodas andavam a seu lado, e quando os seres vivos se elevavam do' chão, também as rodas se levantavam."


A narração é estupendamente boa: Ezequiel acha que uma roda se encontrava no meio da outra. Uma ilusão óptica: De acordo com nossos atuais conhecimentos, ele viu algo parecido com os veículos especiais que os americanos usam nas areias desérticas e regiões pantanosas. Ezequiel observa que as rodas se elevam do chão simultaneamente com as asas. Isso é exatíssimo. Naturalmente, as rodas de um veículo universal, por exemplo, um helicóptero anfíbio, não ficam no chão quando ele se eleva para o ar. Continuemos com Ezequiel:


"Filho do homem, põe-te em pé, quero falar-te." Esta voz o relator ouviu e, de temor e respeito, enterrou seu rosto no chão. Os vultos estranhos interpelavam nosso Ezequiel como "filho do homem", e queriam falar com ele. Segue o relatório: "...e ouvi atrás de mim um estrondo possante, quando a glória do Senhor se elevou de seu lugar, o farfalhar de asas dos seres vivos que se tocavam entre si, e o tilintar das rodas ao mesmo tempo, constituiu um estrondo possante."


Além da descrição bastante exata do semovente, Ezequiel nota também o ruído que esse monstro nunca visto produz, quando decola do solo. Designa o barulho feito pelas asas como um farfalhar e o tilintar das rodas como um possante estrondo. Não nos parece isto o depoimento de uma testemunha ocular? Os "deuses" falaram com Ezequiel e instaram para que doravante restaurasse a lei e a ordem na Terra. Receberam-no em seu veículo e confirmaram que ainda não haviam abandonado a Terra. A ocorrência causou forte impressão sobre Ezequiel, pois não se cansa de descrever cada vez de novo o estranho veículo. Mais três vezes repete ele a descrição de uma roda "que estava dentro da outra" e das "quatro rodas que podiam ir para todos os lados, sem virar-se no andar". E especialmente impressionado mostrou-se ele com o fato de o corpo inteiro do veículo, as costas, as mãos e as asas, até as rodas, estarem cheios de olhos. A finalidade e o alvo da viagem, os "deuses" revelam ao cronista mais tarde, quando lhe dizem que ele vive em meio a uma geração rebelde, que tinha olhos para ver, e assim mesmo nada via, e orelhas para ouvir, e assim mesmo nada ouvia. Esclarecido Ezequiel sobre seu povo, seguem-se como em todas as descrições de tais desembarques - conselhos e indicações com respeito à lei e à ordem, assim como sugestões com vistas a uma civilização adequada. Ezequiel levou a missão muito a sério, e transmitiu aos outros as indicações dos "deuses".


Novamente estamos diante de questões embaraçosas. Quem falou com Ezequiel? Que espécie de seres eram?


"Deuses", segundo a concepção tradicional, certamente não eram, pois esses provavelmente não necessitavam de um veículo para ir de um local a outro. A nós, essa espécie de movimentação nos parece incompatível com a concepção de um Deus TodoPoderoso.


No Livro dos Livros existe outra invenção técnica, que, nessa concatenação de idéias, vale a pena examinar com imparcialidade.


No Livro do Êxodo, capítulo XXV, 10, Moisés relata as instruções precisas que "Deus" transmitiu para a construção da Arca da Aliança. As diretrizes são fornecidas com a precisão de centímetros, indicam como e onde deveriam ser fixados varais e argolas e que ligas metálicas deveriam ser usadas. As instruções visavam uma execução exata, assim como "Deus" desejava tê-la. Advertiu Moisés repetidas vezes que não cometesse erros.


"E vê que faças tudo com exatidão completa, segundo o modelo que te foi exibido na montanha..." (Êxodo, XXV, 40.)


"Deus" também disse a Moisés que ele mesmo lhe falaria, do interior daquela sede de misericórdia. Ninguém - assim ele instruiu Moisés com clareza - deveria chegar perto da Arca da Aliança, e para seu transporte deu ele instruções precisas sobre a vestimenta a ser usada e o calçado apropriado. A despeito de todos esses cuidados, assim mesmo houve depois um deslize (2.0 Livro de Samuel, capítulo VI). Numa ocasião em que Davi mandou transportar a Arca da Aliança, Oza ia a seu lado. Quando os bois, que puxavam o carro, se agitaram e fizeram a Arca pender para um lado, Oza susteve-a com as mãos: como que atingido pelo raio, caiu morto no mesmo instante.


Sem dúvida, a Arca da Aliança estava eletricamente carregada. Pois, se hoje a reconstruirmos de acordo com as instruções fornecidas por Moisés, produzir-se-á uma carga elétrica de várias centenas de volts. O condensador será formado pelas placas de ouro, uma carregada positivamente, e a outra, negativamente. Se, além disso, um dos querubins colocados sobre a Arca servisse como magneto, então o alto-falante - talvez até uma espécie de aparelho de comunicação recíproca entre Moisés e a astronave estaria perfeito. Os detalhes da construção da Arca da Aliança podem ser lidos com todas as minúcias na Bíblia. Sem necessidade de consultar o Livro do Êxodo, lembramo-nos de que a Arca da Aliança freqüentemente estava envolta por faíscas saltitante e que Moisés - cada vez que precisasse de conselho e ajuda - se servia desse "transmissor" . Moisés ouvia a voz do seu Senhor, nunca, porém, o avistou. Quando uma vez pediu que se lhe mostrasse, seu "Deus" respondeu: "Tu não podes enxergar minha face, pois homem algum que me vê permanece em vida". E o Senhor falou: "Vê, há lugar a meu lado, pisa na rocha. Quando minha glória passar, colocar-te-ei numa brecha da rocha, e estenderei minha mão protetora sobre ti, até que eu tenha passado. E quando então eu tirar a mão, tu me verás pelas costas, mas meu rosto não poderás fitar!" (Êxodo, XXXIII, 20.)


Há duplicações surpreendentes. Na Epopéia de Gilgamés, que se origina dos sumérios e é muito mais antiga do que. a Bíblia, na quinta prancha se encontra, singularmente, a mesma sentença: "Nenhum mortal sobe ao monte onde habitam os deuses. Quem olhar para o rosto dos deuses, tem de perecer."


Em diversos livros antigos, que registram partes da história da humanidade, há narrações muito parecidas. Por que os "deuses" não queriam mostrar-se face a face? Por que não deixavam cair suas máscaras? O que temiam? Ou a descrição do Êxodo é oriunda da Epopéia de Gilgamés? Também isso é possível; afinal, consta que Moisés foi educado na corte real egípcia. Quiçá tivesse naqueles anos acesso às bibliotecas ou tivesse conhecimento de velhos segredos.


Talvez também tenhamos que duvidar quanto à nossa datação do Antigo Testamento, porque muita coisa fala a favor de que Davi, vivendo muito mais tarde, ainda lutasse contra gigantes de seis dedos na mão e seis dedos no pé (2.0 Livro de SamueI, XXI, 18-22). Também é preciso levar em conta a possibilidade de todas essas antiqüíssimas histórias, lendas e descrições haverem sido colecionadas e reunidas num local e, mais tarde, um tanto misturadas ao serem recopiadas, em suas migrações, pelos diferentes países.


Os achados de anos recentes no Mar Morto (Textos Qumram) resultam num valioso e surpreendente complemento do Gênese bíblico. Mais uma vez, uma série de escritos até então desconhecidos fala de carros celestes, de filhos do céu, de rodas e da fumaça que as aparições voadoras espalhavam em seu redor. No Apocalipse de Moisés (capítulo 33), Eva olhou para o céu e lá viu aproximar-se um carro de luz, puxado por quatro águias cintilantes. Nenhum ser humano teria sido capaz de descrever essa maravilha, lê-se em Moisés. Finalmente, o carro ter-se-ia aproximado de Adão e dentre as rodas teria surgido fumaça. Esta história, anotada à margem, não nos diz muita coisa nova: de qualquer maneira, porém, já em conexão com Adão e Eva fala-se, pela primeira vez, em carros de luz, rodas e fumaça, como aparições maravilhosas.


No pergaminho de Lameque, foi decifrada uma ocorrência fantástica. Como do rolo só se conservou em fragmentos, faltam agora no texto frases e sentenças inteiras. O que restou, entretanto, é suficientemente singular para ser relatado.


Diz a tradição que certo dia Lameque, pai de Noé, voltando para casa, foi surpreendido pela presença de um menino que, pelo seu aspecto externo, em absoluto se enquadraria na família. Lameque levantou pesadas acusações contra sua mulher Bat-Enosh e afirmou que aquela criança não se originara dele. Ora, Bat-Enosh jurou por tudo que lhe era sagrado que o sêmen era dele, do pai Lameque - que não era nem de algum soldado, nem de um estranho, nem de um dos "filhos do céu" (entre parênteses seja anotada a pergunta: afinal, de que espécie de "filhos do céu" falava Bat-Enosh? De qualquer maneira, esse drama familiar ocorreu antes do dilúvio). Não obstante, não acreditou nas juras de sua mulher e, desassossegado até o fundo de sua alma, partiu para, pedir conselho a seu pai Matusalém, a quem relatou o caso familiar que tanto o deprimia.


Matusalém ouviu, meditou e, por sua vez, se pôs a caminho, para consultar o sábio Enoque. Aquele assunto de família estava causando tal alvoroço que o velho enfrentou os incômodos de uma longa viagem: era preciso pôr a limpo a origem do garoto. Lá chegando, Matusalém descreveu a Enoque como na família de seu filho Lameque havia aparecido um menino que não tinha o aspecto de um ser humano, mas, ao contrário, o de um filho do céu: os olhos, os cabelos, a pele, o ser todo inteiro não se enquadrava na família.


O sábio Enoque escutou o relato e mandou o velho Matusalém de volta, com a notícia extremamente alarmante de que um grande juízo punitivo sobreviria, atingindo a Terra e,a humanidade, e que toda a "carne" seria aniquilada, por ser suja e perversa. O menino estranho, porém, de quem a família suspeitava, teria sido escolhido para ser o progenitor daqueles que sobreviveriam ao grande juízo universal. Por esse motivo, Matusalém deveria ordenar a seu filho Lameque que desse ao menino o nome de Noé. Matusalém viajou de volta, informou seu filho Lameque sobre tudo que estaria para vir. O que restava a Lameque senão reconhecer o estranho garoto como seu próprio filho e dar-lhe o nome de Noé?


O admirável nessa história de família é a revelação de que já os pais de Noé estivessem informados sobre o dilúvio a ser esperado e que até o avô Matusalém tivesse sido posto a par do futuro cataclismo e preparado para a horrível ocorrência pelo mesmo Enoque que, pouco depois, segundo o próprio Gênese, desapareceria para sempre sem haver morrido (Gên., V, 24).


Não se levanta aqui, a sério, a questão de que a raça humana tenha sido, ou não, deliberadamente miscigenada com (e por) seres estranhos do espaço cósmico? O que, então, poderia emprestar sentido à continuada fecundação da humanidade por gigantes e filhos celestes, com a eliminação subseqüente de exemplares malogrados? Visto por esta perspectiva, o dilúvio se transforma em um projeto preconcebido por seres desconhecidos desembarcados, com o fim de destruir a raça humana, exceto algumas nobres exceções. Se, no entanto, o dilúvio, cuja autenticidade é historicamente comprovada, foi planejado e produzido com a mais clara intenção - e isto várias centenas de anos antes que Noé recebesse a missão de construir a Arca - então não mais pode ser aceito como juízo divino.


A possibilidade da procriação de uma raça humana inteligente hoje não mais constitui tese tão absurda. Assim como a lenda de Tiahuanaco e a inscrição na cumeeira da Porta do Sol relatam que desembarcou de uma nave espacial a mãe primitiva com a finalidade de dar filhos à Terra, também as antigas escrituras sagradas não se cansam de contar que "Deus" criou o homem à sua semelhança. Há textos que afirmam terem sido necessárias, para isso, várias experiências, até que finalmente o homem resultasse assim como "Deus" o queria. Em conjunto com a hipótese da visita de seres inteligentes estranhos, do Cosmo a nossa Terra, podemos supor que hoje somos de espécie semelhante àquela dos estranhos seres lendários.


Dentro dessa cadeia de indícios comprovadores, também as oferendas de sacrifícios, que os "deuses" exigiam dos nossos antepassados, fornecem enigmas curiosos. De modo algum exigia-se tão-somente incenso e sacrifícios animais. Muitas vezes, dos itens solicitados constam moedas, cujas ligas metálicas eram exatamente prescritas. De fato, encontrou-se em Ezeon-Geber a maior instalação fundidora do Oriente antigo: um forno regular de fundição, ultramoderno, com um sistema de canais ventiladores, chaminés e aberturas com finalidades específicas. Peritos em mineração, de nossos dias, ficam estarrecidos ante o fenômeno, até hoje não esclarecido, de como, nessa instalação antiqüíssima, podia ser purificado cobre. Era esse, sem dúvida, o caso, pois em poços e galerias nos arredores de Ezeon-Geber, foram encontrados grandes depósitos de sulfato de cobre. A todos esses achados atribui-se a idade mínima de 5.000 anos.


Se nossos astronautas, algum dia, sobre um planeta, encontrarem seres primitivos, estes, provavelmente, também os tomarão por "filhos do céu" ou "deuses". Possivelmente, nossas inteligências, nesses espaços ignorados e ainda não suspeitados, estarão tão à frente dos indígenas locais quanto estavam aqueles vultos lendários do Cosmo, com relação a nossos antepassados. Qual a decepção, porém, se também lá, naquele local de desembarque ainda desconhecido, tivesse havido grande progresso, e nossos astronautas não fossem saudados como "deuses", mas ridicularizados como seres vivendo ainda em considerável atraso?


Fonte: Achado na Internet

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