Elias Seixas de Mattos, era um caminhoneiro carioca em 1980, quando teria vivenciado uma experiência inexplicável. Seu relato, junto ao de outros dois amigos, entrou para a história da Ufologia brasileira pela riqueza de detalhes com que descreveu as situações pelas quais passou à pesquisadora Irene Granchi e ao hipnólogo Silvio Lago. No dia 25 de setembro de 1980, Elias e os acompanhantes na boléia do caminhão, seu primo Alberto Seixas Vieira e o amigo Guaraci de Souza, voltavam de Goiás, onde tinham ido deixar uma carga. Durante a viagem de volta, alguns fenômenos estranhos começaram a ocorrer, como o piscar dos faróis do veículo, mesmo desligados, e sensações de desconforto e sonolência. No caminho, quando estavam a 100 km de Conceição do Araguaia (GO), uma sensação de pressão na nuca, o retorno do pisca-pisca dos faróis e a impressão de ouvir uma voz forçaram Elias a parar. Quando saía do caminhão, ele não percebeu, mas seus colegas teriam visto um feixe de luz azulada atingi-lo. Quando já estavam todos fora da cabine, eles avistam uma espécie de 'fogo no mato' a cerca de 1,5 km e resolveram investigar. Desde o princípio, Alberto sentiu muito medo e resolveu não continuar andando naquela direção. Poucos segundos depois, Elias também foi tomado de pavor e decidiu desistir.
Assim os três voltaram, entram no caminhão e continuaram o percurso. Elias Seixas continuou ao volante. Guaraci, o outro passageiro, carregava um chapéu de palha preso por um fio de nylon que, aparentemente sem nenhuma explicação, foi lançado pela janela. Sem entender o que aconteceu, os três resolveram novamente parar e descer do caminhão e, um por cada lado da carreta, encontrar-se-iam na traseira do veículo para pegar o chapéu. A partir daí, nenhum deles lembrava-se de da seqüência de acontecimentos muito bem, exceto a sonolência com que retornaram à cabine do caminhão e o fato de chegarem à próxima parada cerca de cinco horas depois das 23h30, como esperavam.
Essa amnésia parcial combinada aos estranhos fenômenos ocorridos durante a viagem teriam feito os três buscarem a ajuda, num congresso de Ufologia, da pesquisadora Irene Granchi. A partir desse primeiro contado, suas histórias –e a de Elias com mais destaque que as dos demais– foram reveladas através de várias sessões de hipnose regressiva às quais os caminhoneiros foram submetidos.
Segundo seu depoimento, antes de encontrar Guarani, Elias foi surpreendido por um foco muito forte de luz e levado para uma nave. Dentro da nave, ele viu um ser de frente para uma série de alavancas. Sentado, o ser de enormes braços estava com o cotovelo na coxa, mas não curvava o tronco.
Durante sua permanência na nave, o abduzido teria sido submetido a uma série de experiências. Por um momento, quando deitado numa espécie de "cama" onde seria estudado, viu um de seus companheiros, que teria dado um soco no ser que o estudava (segundo Elias eram ao todo três seres). Entre outros testes que teriam feito com Elias, o abduzido relatou que implantaram algo em seu crânio e colocaram um aparelho em seu peito. Coletaram amostras de sangue e esperma e fizeram furos em seus dedos.
Elias contou ainda que foi levado para o que foi explicado pelos seus raptores como uma "base" espacial, localizada em Marte. Ali ele pode ver –sem ser visto– uma série de seres de cabeça grande, desproporcional ao corpo, e muito pequenos, que pareciam estar trabalhando.
O relato continuou e Elias afirmou estar no que parecia ser uma rua, quando teria visto dois homens, um negro e outro branco, que ele percebeu serem siameses, grudados pelo braço. Ele quis tocá-los mas seu raptor não permitiu. O caminhoneiro foi então levado a uma marquise onde viu seres que pareciam bonecos plásticos, de aspecto cinzento, após o que foi trazido de volta à Terra. Entre outras revelações feitas durante a hipnose, Elias disse que os seres informaram vir da estrela Ursa Menor. Tinham dois metros e dez altura, olhos rasgados horizontalmente, de cor brilhante, e sua vestimenta assemelhava-se a uma espécie de roupa emborrachada.
Sem a regressão, Elias só se recordava de ter descido do caminhão, após o que lembrava- se novamente de já estar na cabine. Ele e seus acompanhantes só começaram a se dar conta da estranheza dos acontecimentos quando perceberam que chegaram 5 horas além do previsto na próxima parada e gastaram muito pouco combustível para a distância percorrida.
O suposto abduzido teve ainda seqüelas físicas, como dores nos dedos e no ombro. Não reconheceu a própria filha ao chegar em casa. Também sofreu de impotência sexual durante os 4 meses seguintes ao suposto encontro, sem que os médicos que procurou, segundo ele, conseguissem chegar a algum diagnóstico. O abduzido ficou com uma calcificação no crânio que, segundo os especialistas aos quais foi levado, só poderia existir se tivesse feito uma cirurgia. A marca no peito, por terem aparentemente introduzido um aparelho, permaneceu.
Até hoje Elias apresenta seu relato em congressos e palestras, tendo tornado-se um clássico e rico exemplo da abdução, amplamente aceito pela Ufologia nacional, mesmo que não se tenha notícias de um estudo aprofundado de suas seqüelas por alguma Universidade ou extração de seus supostos implantes para pesquisa em laboratórios especializados.
O Período Pós Abdução
O período pós-abdução talvez seja o mais difícil que o seqüestrado tenha que enfrentar. Nesta fase de retorno ao lar, na maioria dos casos, o abduzido ainda não tem noção do que lhe acontecera. Ele recomeça sua vida achando que é a mesma pessoa de antes e que tudo pode não ter passado de um sonho muito ruim. Mas é inevitável a sensação da diferença entre os seus. Algo aconteceu. Mas como saber o que foi e por quê? Os sintomas aparecem sem explicações em nosso mundo físico. São os efeitos sobre si mesmo que o seqüestrado não tem controle.
Elias Seixas, que foi abduzido no dia 25 de setembro de 1980, retomou à sua casa com algumas seqüelas e sem entender o que estas queriam dizer. Após o encontro com os extraterrestres, Elias teve crises de paranormalidade. Talhares entortavam sem que ele fizesse o menor esforço para tal. Lâmpadas novas queimavam. Os aparelhos de televisão a cores não podiam ser ligados na sua presença. Bloqueios de memória eram freqüentes sendo que o pior de todos os esquecimentos tinha a ver com sua filha de 11 meses. Ele não lembrava que era pai. E isto só porque passou o equivalente a 5 horas do tempo terrestre dentro de uma nave.
Neste dia, Elias chegara em sua casa muito cansado. A barba estava crescida mais do que o normal para alguém que há menos de 12 horas a havia cortado. A blusa estava sem botão. Realmente, algo tinha acontecido. Mas o quê?
As perguntas sem respostas duraram pouco mais de um ano quando resolveu procurar a ajuda dos ufólogos. Nesta época encontrava-se em depressão. Tinha algo do seu passado que não conseguia lembrar. Parte de sua vida que precisava conhecer.
O primeiro passo foi fazer regressões com hipnose. Fez duas com o médico Silvio Lago e três com o também médico Raul Sobral, que foram fundamentais para ele entender o que tinha acontecido durante aquelas poucas horas fora da terra.
Apesar de ter sofrido muito com a abdução, Elias hoje entende que existia um sentido maior por trás de tudo aquilo. E o auxílio dos pesquisadores no assunto o ajudou a superar os momentos mais difíceis da pós-abdução. Elias foi marginalizado por aqueles que considerava serem seus amigos e no meio evangélico, do qual fazia parte, sua experiência era interpretada como uma possessão demoníaca. Quase enlouqueceu.
Hoje, Elias está recuperado e cônscio de tudo o que vivera. Realiza até palestras sobre o assunto e incentiva a quem foi abduzido a fazer uma regressão.
Mas há uma seqüela que age como se estivesse iluminando seu passado. É uma pequena mancha branca no seu peito que em algumas ocasiões fica tão branca que parece estar acesa.
Irene Granchi
Após uma palestra ufológica no Rio de Janeiro, em 1981, a ufóloga Irene Granchi (matriarca de toda a Comunidade Ufológica Nacional) foi apresentada a 3 homens que estavam muito interessados em saber algo sobre hipnose, pois precisavam de ajuda para recuperarem suas memórias, acometidas por uma amnésia parcial (missing time).
Elias Seixas de Mattos, Guaraci de Souza e Alberto Seixas Vieira viajavam de caminhão em Goiás, cerca de 100 km de Conceição do Araguaia, no dia 25 de Setembro de 1980. Os três voltavam de uma longa viagem e iam em direção ao Rio de Janeiro, onde moravam, contudo, certos fenômenos insólitos começaram a ocorrer durante o itinerário: os faróis do veículo piscavam sem parar e o motor falhava. Ressabiado, Elias desligou os faróis, mas eles continuaram a piscar. Algum tempo depois, ouviu uma voz, como se estivesse falando diretamente com ele. “Elias, quero te falar”. Sentiu na nuca uma sensação de que algo frio e líquido o estivesse pressionando e viro-se para Guaraci dizendo: “Olha, estou sentindo umas coisas estranhas, vamos parar”. Em instantes, Guaraci e Alberto viram descer do céu em direção ao caminhão um raio azul, que Elias não viu, então os três saíram do veículo e perceberam que, à certa distância, havia algo parecido com uma fogueira sem fumaça. Aquela coisa, na verdade um objeto, tinha cerca de 1,5 m de altura por 6m de largura, em formato de charuto.
Elias e Guaraci resolveram ir sem medo ao encontro do UFO, que emitia a cada segundo uma faísca de luz branca, sendo o restante do aparelho na cor vermelha. Alberto, o 3º passageiro, entretanto, não quis se arriscar e tentou se proteger ficando atrás dos colegas, mas acabou entrando em pânico e os três ficaram com medo de ser levados e nunca mais verem suas famílias. Então voltaram ao caminhão, sem nunca imaginar o que estava por vir. Elias começou a dirigir normalmente e Guaraci, sentado ao seu lado, segurava um chapéu de palha com as costas no banco. Subitamente, o chapéu voou, mesmo não havendo qualquer sopro de vento. Elias parou o veículo para o amigo buscar o chapéu, seguiu-o e a partir deste ponto não se lembrava de mais nada além do fato de que naquela hora sentiu-se sonolento e com a cabeça pesada, pedindo para Guaraci dirigir no seu lugar.
Ao longo da estrada, cruzaram com outro caminhão e perguntaram a um homem se este tinha avistado um Disco Voador ou algo parecido à frente, mas a resposta foi negativa, o que fez Elias parar outro motorista e desta vez pedir informação sobre o caminho que seguiam. Continuaram a viagem rumo a Guaraí, onde fariam a próxima parada para descanso. O trajeto que deveria durar 4 horas, parecia muito mais longo e quando chegaram à cidade, o trio pensava que fosse aproximadamente 23:30h, mas para surpresa de todos, quando perguntaram o horário num posto de abastecimento foram informados que já eram 4:30h da madrugada!
Posteriormente, naquela mesma manhã, quando foi abastecer o veículo, Elias teve outra surpresa: o tanque do caminhão estava praticamente cheio, faltando somente poucos litros para completá-lo, mas pela distância percorrida (145 km) deveria ter gasto ao menos uns 20 litros de óleo diesel. Estes dois acontecimentos inexplicáveis preocuparam bastante os viajantes, que ligaram isto ao fato de estarem bastante sonolentos durante o último trecho de estrada.
Na manhã seguinte, continuaram o itinerário previsto: Brasília, Belo Horizonte e, finalmente, Rio de Janeiro. Esta parte da viagem deveria ter levado aproximadamente 20 horas, mas a fizeram em apenas 12h, não sabiam como... Dois dias após a chegada ao Rio, Elias descobriu ter gasto 12 vezes menos em combustível do que deveria e isso também o deixou perplexo. Só que as estranhezas não pararam por aí: pouco antes de concluir a viagem, mais precisamente em Duque de Caxias, ele deixou Guaraci em casa e, ao descarregar as bagagens, os faróis começaram a piscar rapidamente, como já havia acontecido antes. Foi embora intrigado e, ao chegar em casa, teve mais uma surpresa ao descer do caminhão: o capô levantou sozinho uns 20cm, batendo com força ao se fechar novamente. Isto era mais inusitado ainda porque o capô estava enferrujado e o motorista tinha dificuldades em abri-lo. Para complicar, ele percebeu que um cisto que possuía numa das mãos havia desaparecido, era um tipo de verruga de nascença que simplesmente sumira.
Ansiosos por respostas, os três homens tentaram então a regressão hipnótica com a ajuda do Dr. Silvio Lago, conhecido e respeitado hipnólogo de Niterói (RJ). Queriam saber o porquê daquela confusão em suas memórias, por não se lembrarem de nada e também sobre o enigma dos faróis piscando, o chapéu de palha voando sozinho, o capô batendo, etc.
Haviam relatado as experiências somente aos familiares, quando encontraram Dona Irene Granchi no referido simpósio e resolveram confiar a ela a pesquisa do caso, tendo sido a primeira a analisá-lo em mínimos detalhes. Marcaram uma consulta com o Dr. Lago, profissional com extenso currículo de hipnose em vários contatados e abduzidos brasileiros. Na época, Elias e Alberto eram protestantes e Guaraci espiritualista.
A primeira regressão hipnótica produziu resultados diferentes em cada um dos três abduzidos, todos surpreendentes. Elias foi o primeiro a ser testado e também o que maiores informações conseguiu revelar, entrou facilmente em transe profundo, descrevendo o local em que se encontrava. Estava dentro de um aparelho metálico em formato de ovo, flutuando numa situação imprevisível e de cabeça para baixo. Sem explicação, rodopiava até a base do objeto, onde havia degraus que o conduziram para uma grande sala circular com uma mesa de apoio que acompanhava a parede e, à sua frente, estava sentado um homem que manobrava alavancas de várias cores. A sala era toda branca e o ser vestia um macacão amarelo. Cuidadosamente, Elias se aproximou dele, mas o homem continuou seu trabalho sem se virar. Nesta fase da sessão hipnótica, disse ao Dr. Lago que estava com medo.
Elias: Estou com medo, o que devo fazer?
Lago: Faça perguntas ao homem.
Elias: Mas ele não me responde... Só vejo que está vestindo uma indumentária colante, tipo borracha, que o cobre todo, inclusive a cabeça. Meus braços ficaram dormentes... Estou tentando me aproximar mas não consigo, é como se houvesse uma parede invisível. Agora o homem está de pé, há uma janela à sua direita.
Ele está me olhando, seus olhos são estranhos, grandes e rasgados horizontalmente, não têm pupilas e são de cor lilás. Seu nariz é longo, afilado e sua boca, apesar de possuir um formato bonito, não tem lábios.
Por causa da vestimenta do ET, não viu se tinha orelhas, mas conseguiu enxergar uma parte do pescoço por uma abertura triangular no material que o vestia. Portava um cinto alto, com uma placa de luzes multicoloridas, seus braços eram exageradamente longos com mãos finas de 5 dedos cada. Tinha cerca de 2m de altura e apontou para a janela como se estivesse chamando por Elias, que resolveu ir até lá e observar o que se passava do lado de fora da nave. “Vi 3 esferas muito grandes, coloridas e olhei também estrelas cruzando rapidamente o fundo azul do céu”, disse o hipnotizado. Após mostrar a paisagem ao abduzido, o alienígena foi embora sem responder as perguntas do rapaz.
No final desta primeira sessão de hipnose, conseguiu se lembrar de mais alguns detalhes, acrescentando que as luzes do cinto do extraterrestre pareciam estar em sintonia com as do painel de controle e suas alavancas. Citou que os pés do ser apresentavam um arco e eram cobertos com o mesmo tecido da roupa que vestia o resto do corpo.
Em 9 de outubro de 1981, numa segunda sessão hipnótica realizada novamente no consultório do Dr. Lago, foi convidado o astrólogo e escritor Gary Dale Richman para presenciá-la. Elias Seixas repetiu a narração de sua experiência desde o exato momento em que entrou no aparelho em forma de ovo e acrescentou várias particularidades, disse que o UFO rodopiava sem parar e que em seu interior havia uns degraus cobertos com uma espécie de tapete vermelho que iam a uma sala com teto aparentemente rebaixado. Neste instante, ele sentia muita dor no peito e não conseguia movimentar os braços, embora as pernas funcionassem. A pedido de um tripulante, olhou pela janela e se assustou ao perceber que estava a uma grande altura do solo, então resolveu perguntar ao ET de onde ele provinha e obteve esta resposta: “De um lugar cheio de luz!”. Neste trecho da hipnose, o Dr. Lago pediu que o paciente fizesse uma descrição mais detalhada de seu captor:
Lago: Fale mais sobre esse ser que estava perto de você.
Elias: Ele tem olhos puxados, com a esclerótica branca e as pupilas de cor lilás. São olhos que parecem ser feitos de fogo. É como se houvesse uma tocha dentro deles. Seus braços são muito longos, mais longos que os meus...
Lago: Tranqüilize-se e descreva mais.
Elias: É muito grande, é muito grande.
Elias ficou agitado e modificou a narrativa feita no primeiro transe, quando os olhos foram descritos como sem pupilas. Nesta hora, o desenrolar da hipnose mudou subitamente a lógica e ele começou a dizer várias vezes a frase “... é muito grande, é muito grande”. Esta mudança de atitude demonstrava que o abduzido poderia ter sido transportado para outro lugar naquele momento, conseguindo descrever o que viu às pessoas presentes no consultório.
Lago: O que está acontecendo?
Elias: Não há árvores, as coisas estão envoltas em [não consegue concluir a frase]... Agora estamos próximos... Espere um pouco, há pessoas! Eu vejo muitas pessoas, todos estão trabalhando, são pequenos... Ah! Chegamos! Todos têm a cabeça abaixada, interessante eles andam assim [demonstra]. Suas cabeças são diferentes das nossas, são grandes, maiores que seus corpos. Ele [o raptor] não me deixa tocá-los. Ah, como gostaria que deixasse! Ninguém olha para mim, ninguém me vê, eles são muito pequenos.
Lago: Continue.
Elias: Aqui não há luz nenhuma. Espere! Agora apareceu uma luz grande andando e todos correm ao encontro dela – deve ser algum trem ou algo parecido. Eu estou com o pé embaixo da marquise, mas ninguém me vê.
Ele estava preocupado com o fato de nenhum ser daquele lugar conseguir vê-lo. Isso levou Irene Granchi à conclusão de que ele deveria estar em outra dimensão da matéria e, embora tudo o que via fosse real, Elias não era real para os ETs. A ufóloga lembrou-se de que quando somos visitados por certos extraterrestres, não conseguimos enxergá-los, pois se encontram em outra dimensão.
Agora, Elias descrevia a marquise em que se encontrava quando interrompeu para dizer que estava com sede. Foi então requerido por Richman, que sugeriu ao caminhoneiro que pedisse ao seu captor para fazer algo que saciasse sua sede. A resposta foi surpreendente.
Richman: Peça ao ET para saciar sua sede.
Elias: Ele [o ET] colocou a mão no meu ombro e a sede passou! Agora ele está me mostrando tudo. Esta é uma rua estreita, tem mais ou menos 1,5m de largura. Espere aí! Tem alguém chegando. É alguém como eu e está vestindo camisa. Tem duas pessoas, um é negro e outro é branco, só que ele [o raptor] não permite que eu me aproxime [Elias se revoltou com tal atitude e começou a reclamar, soluçando desesperadamente]. Por que fizeram isso? Eu queria apenas perguntar por que eles também estavam aqui. Eles estavam felizes...
Lago: Tudo bem. Descreva as redondezas de onde você se encontrava.
Elias: Estou em pé sob uma marquise de um edifício alto. Há uns homenzinhos andando por aqui, eles parecem feitos de material plástico, são cinzentos. Há também uma loja que está fechada. Não consigo colocar os pés no chão, meu corpo está muito leve [esse detalhe é mais uma clara evidência de que ele está em uma espécie de outra dimensão].
Lago: Que diferença existe entre isso e um sonho?
Elias: Um sonho? Um sonho é um sonho! [deixa claro que sabe discernir as coisas].
Esta declaração fez surgir uma série de perguntas entre os pesquisadores que acompanharam o caso passo a passo. Que realidade seria esta? Tinham que admitir a existência de outras realidades, tão reais quanto a nossa, não havia alternativa. Elias informou-lhes que permaneceu por um longo tempo naquele lugar, sem saber quanto e que as lojas começaram a ser abertas. Falou também que o ser que o acompanhava o deixou por alguns segundos e “... quando ele me deixa só, meu braço fica dormente. Estou cansado, eu sei que devo ir embora”. Neste instante, um outro alienígena, parecido com o anterior, surgiu e o levou para um lugar onde havia muitos UFOs metálicos, circulares, azuis e verdes, apoiados sobre 4 hastes. Então o mandaram subir uns degraus e entrar num deles através de uma porta que se fechou após sua passagem.
Dentro dessa nave, descobre a presença de um piloto, sentado de costas para ele, mas assim mesmo era possível notar a semelhança com os demais. O ser fica sentado em um compartimento de formato triangular e a sua frente há uma tela como de uma TV. Posteriormente, Elias descobre que existem 16 compartimentos na nave, todos de formato triangular, formando um complexo parecido com o desenho de uma bússola. O piloto, cujas feições ele não vê, fica observando a tela e permite que o abduzido também o faça. Juntos, vêem uma praia à grande distância, estava sendo levado de volta e percebe o distanciamento do planeta deles, que vai se tornando, aos poucos, apenas uma esfera no espaço.
Segundo Elias, o piloto era “boa praça” e até conversava com ele em português, fazendo brincadeiras para descontrair a viagem, mas sem movimentar os lábios, exceto quando sorria, onde era possível ver seus dentes. Na tela, aparecem agora o mar e umas praias com muitos coqueiros, mas não era o Brasil. Viam-se carros e muitas pessoas olhando para cima e apontando para o UFO. Eram pessoas de bermudas, queimadas de sol, uns correndo para se esconder, outros acenando e Elias se lembrou de ter visto esse tipo de gente em algum filme. Neste momento do transe, Dona Irene interessou-se em conhecer melhor o piloto da nave e perguntou ao hipnotizado algumas coisas.
Irene: Seria uma nave este objeto no qual você está viajando?
Elias: Claro que é uma nave e estão me mostrando vários lugares do planeta Terra. Acabei de passar pelo Haiti, onde vi, além das praias, muitos navios no porto.
Irene: Como é o rosto do piloto, é diferente do outro humanóide que lhe acompanhava?
Elias: Seu rosto é mais arredondado e os olhos não têm o mesmo brilho. As pupilas são pretas, têm pálpebras e sobrancelhas. Não possui barba, seus lábios são finos e há um buraco no queixo. Não é possível observar a coloração da pele, pois a cabeça e todo o corpo está coberto por uma vestimenta de um material parecido com borracha.
Irene: Como acabou a viagem?
Elias: O homem me disse para abrir a porta e saltar... Aí acabou! Acabou tudo! Quando desci, o piloto me agradeceu, disse que gostou de mim e estava satisfeito.
Irene: Ele disse se voltaria algum dia ou se você passaria novamente por alguma experiência como esta?
Elias: Minha cabeça dói muito agora... Ele diz que devo ir embora. Está dizendo que preciso ir embora. Tchau. Agora ele fala que ainda vamos nos encontrar um dia.
Irene: Você acredita nisso?
Elias: Claro que sim. Ele prometeu e disse que virá quando eu menos esperar. Se ele vier eu irei e terei mais coragem. Poderia então nunca rever minha filha. Eu a amo tanto [se emociona muito neste momento].
Richman: Você disse que, quando estava com sede, ele colocou a mão no seu ombro e a sede passou. Isso aconteceu mais vezes?
Elias: Deixe-me ver. Ah, sim. Ele colocou algo aqui em meu peito, algo pequeno que parecia ser de metal cromado. Estou cansado... O objeto tinha a grossura de um dedo e ficou colado em meu peito, colado à pele.
Richman: Deixou alguma marca? Tinha alguma finalidade?
Elias: É para ele poder me localizar, para poder contactar-me.
Richman: E quanto a seus amigos, eles te viram descer?
Elias: Não, não me viram, porque eles estavam falando que já era dia.
O ano da abdução foi 1980 e muitos dados citados neste relato eram novos para os pesquisadores, como o da promessa de voltar para buscá-lo e o aviso que o encontrariam em qualquer parte.
Hoje é sabido que famílias inteiras são levadas a bordo de UFOs, assim como grande grupos de pessoas. Mas àquela época, 3 pessoas juntas serem contatadas era algo inédito.
Não foram incluídos neste texto os relatos fornecidos sob hipnose de Alberto e Guaraci, que descreveram menos detalhes por causa do medo que sentiam na ocasião. Guaraci sequer conseguiu regredir hipnoticamente e, apesar de todas as tentativas do Dr. Lago, ele não entrou em transe.
Sobre o objeto colocado no peito de Elias, soube-se mais tarde que se tratava de um implante. Ele foi abduzido novamente e lhe foi extraído esperma numa operação dolorosa, que o deixou impotente durante semanas. No entanto, passou a desenvolver poderes de cura e todos os dotes paranormais que são características comuns após abduções.
Como os extraterrestres conseguem se comunicar conosco e mantêm contato com humanos escolhidos por eles, isso demonstra claramente que somos objetos experimentais diante de suas inteligências. Não há mais dúvidas de que, ao menos algumas raças ou “tipos”, fazem experiências genéticas, extração de sêmen e óvulos para algum tipo de mistura de progênie ou algo semelhante.
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